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Militares do Amazonas estão com Covid-19 após curso no Cigs

Fonte relatou ao portal EM TEMPO que além dos casos confirmados em militares, outros estão sob suspeita em quarentena
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Militares / Foto: reprodução
Militares / Foto: reprodução

Uma fonte ligada ao Exército Brasileiro relatou ao EM TEMPO que militares tiveram resultados confirmados de contaminação do novo coronavírus (Covid-19), após um curso com 100 homens realizado no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs). O treinamento havia iniciado no domingo (22) da semana passada, com militares, em uma região de selva no próprio Cigs.

O local e a quantidade de participantes infectados não foram confirmadas pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), mas em nota para esta reportagem, os casos de coronavírus entre oficiais foram reconhecidos como verdadeiros.

Segundo a fonte, os militares, entre eles sargentos de diversos municípios do Amazonas e de outros Estados da Região Norte começaram o curso no domingo (22) e seguiram com as atividades no dia seguinte, segunda (23), mesmo depois da publicação do decreto Nº 42106, do Governo do Estado, que suspendeu o funcionamento de estabelecimentos não essenciais e orientou para que fossem evitadas as aglomerações.

Na terça-feira (25), segundo pessoa ligada ao Exército, os primeiros militares começaram a manifestar sintomas semelhantes aos causados pela doença Covid-19. Após testes, na quarta (26), os oficiais receberam resultado positivo. 

O curso de guerra na selva, informou uma fonte, só foi interrompido na quinta-feira (27), após o casos confirmados. Desde então, cerca de 40 militares (número não confirmado pelo Exército, mesmo após solicitação) estão em quarentena no Centro de Instrução de Guerra na Selva. 

Posicionamento do Comando Militar da Amazônia

A reportagem procurou o Cigs, onde se deram os fatos. A resposta veio de seu representante maior, o Comando Militar da Amazônia. Segundo a nota, o CMA informa que vem seguindo as orientações do Ministério da Saúde no que diz respeito à prevenção e combate à Covid-19 e explica, sem detalhes, o ocorrido. 

Assessoria do Comando Militar da Amazônia (CMM) confirmou a informação e disse que segue os protocolos dos órgãos de saúde | Foto: Divulgação

“Durante um treinamento em região de selva, alguns militares apresentaram sintomas similares aos provocados pela Covid-19. De imediato, os sintomas passaram por avaliação médica e laboral com a finalidade de obter diagnóstico, que confirmou positivo para Covid-19. Os militares estão sendo acompanhados por uma equipe médica do Exército e todos apresentaram sintomas leves”

Comando Militar da Amazônia, em nota sobre os casos de contaminação no Cigs

Em outro trecho, o CMA afirmou ainda que todos os militares que tiveram contato com os casos positivos já estão em isolamento e o curso de guerra na selva está suspenso. Ao final do texto, declarou que “as autoridades de saúde do estado do Amazonas já foram notificadas acerca dos militares que testaram positivo, conforme diretrizes do Governo Federal”.

Procurada sobre o caso de coronavírus no Cigs, a assessoria da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) não respondeu até o fechamento desta reportagem.

Coronavírus no Amazonas

Casos de coronavírus no Amazonas aumentaram em 37% de sexta (27) para sábado (28) | Foto: Lucas Silva

Os casos de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus no Amazonas deram um salto, neste sábado (28), de 81 para 111. A informação foi divulgada pela FVS-AM e Governo do Estado, por meio de live no Facebook. 

São 30 novos casos distribuídos pelo Amazonas desde o último boletim, realizado na tarde desta sexta-feira (27).  Com os novos números Manaus agora soma 105 casos. No interior, quatro municípios registraram casos confirmados, que são: Parintins (2), Manacapuru (2), Santo Antônio do Içá (1) e Boca do Acre (1). Até o momento apenas um óbito causado pela Covid-19.

Transmissão comunitária

A FVS-AM também informou na tarde deste sábado (28) que a transmissão comunitária já acontece no Amazonas. Na prática, significa que foi reconhecido pela fundação que agora o vírus circula no Estado entre pessoas que não viajaram.

A diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Pinto, reiterou a “necessidade dos casos brandos ficarem em casa”. Segundo ela, a fundação não saberá o número de casos totais, porque é mais importante que “as pessoas que apresentarem quadros brandos prefiram ficar em casa para evitarem a disseminação do vírus e assim não lotarem as unidades de saúde. Deixem os atendimentos para casos graves”, orientou a diretora. 

Leia Também: Coronavírus: pesquisa com cloroquina avança no Amazonas

Fonte: Em Tempo

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