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Ministério da Saúde culpa instituto Butantan por atraso na distribuição da CoronaVac

"Fica muito difícil planejar sem termos a confirmação do que iremos receber", salientou o Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco
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Ministério da Saúde culpa instituto Butantan por atraso na distribuição da CoronaVac
Ministério da Saúde culpa instituto Butantan por atraso na distribuição da CoronaVac

O Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse nesta quinta-feira (18) que o Instituto Butantan só entregará 30% das doses de CoronaVac previstas para fevereiro no contrato com a pasta. O governo esperava 9,3 milhões até o final do mês. Já recebeu 1,1 milhão de doses.

O Butantan informou que “ a partir do próximo dia 23/2 está prevista a entrega de 3,4 milhões de doses, em 8 entregas diárias de 426 mil”. O instituto também citou a “falta de empenho da diplomacia brasileira que culminou com o atraso na liberação de novos insumos vindos da China”.

Com a nova projeção, o Butantan deve entregar 3,7 milhões de doses até o final de fevereiro. A quantidade inclui 1,1 milhão já entregues no início do mês.

Poder360 questionou, por e-mail, se a entrega de 9,3 milhões de doses em fevereiro estava prevista em contrato. Não houve resposta até a publicação desta reportagem.

Em janeiro, o diretor do Butantan, Dimas Covas, pediu a intervenção do governo federal: “Peço ao nosso presidente [Jair Bolsonaro] e ao nosso ministro das Relações Exteriores [Ernesto Araújo] que nos ajude a aplainar essa relação com a China e que haja procedimentos, haja solicitação para que os procedimentos burocráticos para esta exportação aconteça no mais curto período de tempo”.

Veja o que diz cada lado

Assista na íntegra o pronunciamento de Elcio Franco

Eis a íntegra da nota mais recente do Instituto Butantan, enviada ao Poder360 horas antes do pronunciamento do secretário executivo:

“O Instituto Butantan informa que já entregou 9,8 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus ao Ministério da Saúde, o que corresponde a 90% de todas as vacinas usadas na rede pública do país. O primeiro contrato firmado em 7/1 com a pasta federal previa a entrega de 8,7 milhões até 31 de janeiro, mas o Butantan antecipou o envio das doses, que foram disponibilizadas em 17/1 (6 milhões), 22/1 (900 mil) e 29/1 (1,8 milhão). Em 5/2 um novo lote de 1,1 milhão de doses foi enviado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Por meio de um grande esforço de produção será possível antecipar de setembro para agosto a entrega do total de 100 milhões de doses contratadas. A partir do próximo dia 23/2 está prevista a entrega de 3,4 milhões de doses, em oito entregas diárias de 426 mil. O Butantan tem pressa em fornecer vacinas para a população brasileira. Tanto que criou uma força-tarefa para acelerar a entrega de doses para todo o país, com a duplicação do número de funcionários do setor de envase de 150 para 300 profissionais. Apesar da completa ausência de planejamento do governo federal em relação à vacinação no Brasil e da falta de empenho da diplomacia brasileira que culminou com o atraso na liberação de novos insumos vindos da China – viabilizados somente após intervenção do Governo de São Paulo – o instituto trabalha diuturnamente para viabilizar novas entregas de doses ao PNI.”

Questão do cronograma de entrega das doses

O atraso nas doses da CoronaVac alteram o cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde no dia anterior. Franco disse que os Estados já haviam recebido “uma planilha com a distribuição do que caberia daquelas 9,3 milhões” e que o governo terá refazer o planejamento. Ele acrescentou que “fica muito difícil planejar sem nós termos a confirmação do que vamos receber”.

Ele disse ainda que o Ministério da Saúde quer comprar mais 30 milhões de doses da CoronaVac, além dos 100 milhões já acordadas com o Instituo. As doses seriam entregues no último trimestre de 2021.

Com informações via Poder360
Foto: Divulgação

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