O embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima, de 88 anos, morreu, nesta segunda-feira (12/7), em Brasília, após septicemia decorrente de uma infecção urinária.
No último sábado (10), ele passou mal, na residência da família, no Lago Sul.
O embaixador é viúvo da embaixatriz Lúcia Flecha de Lima, que morreu em abril de 2017, em Brasília, por conta de um câncer de útero, contra o qual lutava há um ano. Os dois foram casados por 54 anos.
Flecha foi secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores e embaixador do Brasil em Londres, Washington e Roma. Ele ingressou no Itamaraty em 1955 e, ao longo das décadas seguintes, defendeu os interesses do Brasil com determinação, patriotismo e profissionalismo. Dedicou grande parte de sua vida ao projeto de modernização da diplomacia econômica e comercial do Brasil.
Ele ainda foi nomeado chefe do Departamento de Promoção Comercial em 1973, cargo que ocupou por mais de uma década e no qual liderou profunda transformação das atividades de promoção comercial do Brasil no exterior. Em 1984, foi nomeado Subsecretário-Geral de Assuntos Econômicos e Comerciais.
O Itamaraty ainda diz que em 1985, alcançou o mais alto posto de carreira da diplomacia, tornando-se Secretário-Geral das Relações Exteriores, tendo desempenhado papel fundamental na inserção internacional do Brasil na fase final da Guerra Fria. Foi Embaixador em Londres (1990-1993), Washington (1993-1999) e Roma (1999-2001).
O Embaixador Paulo Tarso também dedicou-se ao ideal de que a política externa pode e deve contribuir para melhorar concretamente a inserção internacional do País e a vida de todos os brasileiros. Sua coragem e criatividade marcaram todos que tiveram a oportunidade de trabalhar a seu lado.
Por fim, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota no qual expressa a seus familiares e amigos as sentidas condolências de todos seus colegas.
Com informações do Metrópoles
