A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) confirmou um óbito por rabdomiólise no município de Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus. na madrugada deste sábado (28).
Trata-se de uma mulher, de 51 anos, que estava internada desde sexta-feira (27) no Hospital Regional José Mendes. Ela tinha sido transferida da Vila do Novo Remanso, zona rural do município.
Conforme a FVS-RCP, 26 já foram casos notificados de rabidomiólise, sendo 24 de Itacoatiara, um de Caapiranga e um de Manaus.
Na quinta-feira (26) uma equipe técnica da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) foi enviada para monitorar o surto da doença em Itacoatiara. Eles atuam na investigação do surto no local e dando suporte às ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde de Itacoatiara (Semsa/Itacoatiara).
Início do surto
Conforme a vigilância epidemiológica do município, os primeiros pacientes foram atendidos entre os dias 22 e 23 de agosto na unidade de saúde do município, sendo 7 adultos, entre 43 e 60 anos, e 4 crianças, entre 3 e 12 anos de idade. Em seguida, novos casos foram registrados e os pacientes foram internados e alguns tiveram que ser transferidos para o hospital.
Urina preta
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença de Haff é causada por uma toxina presente em alguns tipos de peixes quando o armazenamento destes ocorre de maneira incorreta, dentre eles o tambaqui. Outros estudos apontam que a doença foi causada após a ingestão de peixes como o olho-de-boi, badejo, pacu-manteiga, pirapitinga e arabaiana.
Um dos sintomas Síndrome de Haff é a urina escurecida, uma consequência da liberação de uma substância no corpo. Essa proteína é tóxica para os rins e é liberada pelo próprio organismo após a necrose muscular também causada pela doença de Haff.
Foto: Divulgação/FVS-RCP
