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Principal investigado na operação ‘Maus Caminhos’, o médico e empresário Mouhamad Moustafa foi condenado a seis anos prisão pelo crime de superfaturamento em contrato com a empresa Medinagem, do empresário Gilberto Aguiar, e desviar R$ 55,9 mil.
A sentença foi proferida pela juíza Ana Paula Serizawa, que pertence à 4ª Vara Federal do Amazonas.
Conforme dados do Ministério Público Federal (MPF), Mouhamad Moustafa pode acumular 81 anos de prisão com a nova sentença.
Além de Mouhamad, a juíza também condenou a advogada Priscila Coutinho (quatro anos em regime fechado), o empresário Gilberto Aguiar (três anos em regime fechado), e os ex-presidentes do Instituto Novos Caminhos (INC) Paulo Roberto Galácio (três anos em regime fechado) e Jennifer Naiyara da Silva (10 meses em regime fechado).
Mouhamad e Gilberto estão presos desde 2018, eles continuam na prisão porque, segundo a juíza, tentam interferir na investigação e instrução dos processos e são incapazes de obedecer às determinações judiciais.
Valores
Segundo o MPF, o superfaturamento aconteceu no contrato entre o INC com a Medinagem, que previa R$ 9,38 e R$ 14,00 o quilo de uma lavagem de roupa. Em contratos semelhantes, a Secretaria Estadual de Saúde (Susam) pagava R$ 2,77.
A juíza também disse que os valores desviados “alimentavam uma organização criminosa que gravitava em torno da Instituição Novos Caminhos”.
Operação
A operação ‘Maus Caminhos’, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em parceria com o MPF, investiga desvio milionários de recursos destinados à saúde do Estado do Amazonas.
Segundo a investigação, Mouhamad Moustafa é apontado como principal chefe da organização que desviava o dinheiro. José Melo, ex-governador do Amazonas, também é um dos investgados na operação.
Da Redação