O presidente francês Emmanuel Macron disse a seus cidadãos nesta segunda-feira (12) que eles precisarão ser vacinados para visitar bares e embarcar em trens, e os profissionais de saúde enfrentam vacinas obrigatórias de Covid. Macron também vai avançar com reformas previdenciárias impopulares.
Em um discurso televisionado na segunda-feira, Macron anunciou que a vacinação contra o coronavírus será obrigatória para profissionais de saúde na França, e um “passe de saúde” comprovando o status de vacinação, ou um teste negativo para Covid-19, será necessário para embarcar em um trem ou visitar restaurantes , teatros, bares e cinemas a partir de agosto. Todos os franceses com mais de 12 anos precisam de um passe.
“Vamos estender o passe de saúde tanto quanto possível para forçar o máximo possível de vocês a serem vacinados”, disse Macron.
A vacinação da Covid para a população em geral não será obrigatória em um futuro próximo, mas Macron não retirou a opção da mesa. Se as taxas de vacinação não aumentarem, o presidente avisou que “fará a questão da vacinação obrigatória para todos os franceses”.
Além disso, embora um teste PCR negativo seja suficiente para obter um “passe de saúde”, Macron disse que o governo não distribuirá mais testes Covid gratuitos a partir do outono.
Cerca de 36% dos 67 milhões de franceses foram totalmente vacinados contra a Covid-19, mas o número de novos casos de coronavírus tem aumentado constantemente desde o início de julho, impulsionado pela variante Delta, mais contagiosa.
A Reuters observou na segunda-feira que a França tem um movimento anti-vacinal “entrincheirado” que provavelmente ficará insatisfeito com a campanha agressiva de vacinação de Macron.
No entanto, mais cidadãos franceses provavelmente ficarão insatisfeitos com as reformas previdenciárias propostas por Macron, que ele anunciou na segunda-feira que será lançada assim que a pandemia estiver “sob controle”. As reformas – que provavelmente envolverão o aumento da idade de aposentadoria da França e a fusão dos 42 regimes de pensão separados do país em um único sistema baseado em pontos – já geraram protestos e tumultos generalizados entre seu anúncio em 2019 e o início da pandemia do coronavírus em março passado.
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