Em busca de maneiras de complementar a prevenção feita pelas vacinas ou de tratar pacientes que não podem ser vacinados, os cientistas testaram nanocorpos anti-Covid inaláveis em hamsters, dizendo que eles são eficazes no combate ao vírus, visando sua proteína spike.
As novas descobertas promissoras foram cortesia de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, marcando a primeira vez que os nanocorpos foram testados para o tratamento por inalação da doença coronavírus.
Os nanocorpos são semelhantes aos anticorpos monoclonais, amplamente utilizados em certos tratamentos de câncer, mas são menores em tamanho e apresentam um custo de produção mais baixo, o que pode ser a chave para um lançamento global caso o tratamento obtenha aprovação regulamentar no futuro.
Os pesquisadores identificaram anteriormente cerca de 8.000 nanocorpos que eles reduziram para apenas uma versão altamente eficaz ou “ultra potente” chamada Nb21, que eles bioengenharia para melhor encaixar junto com a proteína spike SARS-CoV-2.
Seu nanocorpo em aerossol, denominado Pittsburgh inalável Nanobody-21 (PiN-21), reduziu em um milhão de vezes o número de partículas virais infecciosas nas cavidades nasais, gargantas e pulmões dos hamsters.
“Estamos muito animados e encorajados por nossos dados, sugerindo que o PiN-21 pode ser altamente protetor contra doenças graves e pode potencialmente prevenir a transmissão viral entre humanos”, disse o co-autor sênior Yi Shi.
O estudo diz que os hamsters que inalaram PiN-21 no momento da infecção não experimentaram nenhuma perda de peso relacionada ao Covid-19, em comparação com o grupo de controle, que recebeu um placebo e perdeu 16% do peso corporal inicial em uma semana após a infecção. Isso seria o equivalente a um humano adulto perder 20 libras (9 kg) em uma semana, disse.
Os participantes do teste que inalaram PiN-21 experimentaram mudanças mais leves na estrutura pulmonar e inflamação severamente reduzida após a infecção do que o grupo do placebo.
Os pesquisadores tiveram o cuidado de enfatizar que os nanocorpos funcionam em conjunto com as vacinas, mas não são um substituto. As vacinas ajudam a prevenir a propagação do vírus, enquanto os nanocorpos ajudam a tratar aqueles que já estão infectados e aqueles que não podem ser vacinados por razões médicas.
Embora em seus estágios pré-clínicos iniciais, o tratamento é considerado uma promessa significativa para fornecer uma opção terapêutica de baixo custo para ajudar a virar a maré na pandemia global em humanos, embora um cronograma para testes em humanos ainda não tenha sido anunciado.
Foto: Divulgação / Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh
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