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‘Não vejo motivos para comemorar’, diz artista parintinense que celebra aniversário no dia 31 de dezembro

O artista plástico Jucellino Ribeiro, do Boi Caprichoso, vinha comemorando seu aniversário no Rio de Janeiro, período de processo criativo do Carnaval
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Manaus – A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) causou pânico em diversas pessoas no Brasil e no mundo. Eventos foram cancelados e a economia sofreu um duro golpe. Vivemos o período das festas de fim de ano, mas nem todo mundo tem motivos para comemorar, e uma dessas pessoas é o artista plástico Jucellino Ribeiro.

Natural de Parintins, distante a 365 quilômetros de Manaus, Jucellino celebra seu aniversário no dia 31 de dezembro, que marca a passagem de um ano para o outro, tradicionalmente conhecido como Réveillon.

O artista ganhou repercussão com trabalhos realizados no Festival Folclórico de Parintins, pelo Boi Caprichoso. De lá, fez sucesso no Carnaval do Rio de Janeiro, sendo destaque em escolas de samba como Portela, Estação Primeira de Mangueira, Unidos da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense.

Jucellino Ribeiro contou ao Portal Tucumã que vai passar o aniversário em sua terra natal, após 12 anos comemorando a data na “Cidade Maravilhosa”.

“Eu sempre passei meu aniversário no Rio de Janeiro, até porque nesse período do ano estamos se preparando para o Carnaval. Como tem diversas pessoas de Parintins, nos reunimos em um jantar e depois vamos assistir à queima de fogos em Copacabana. Infelizmente, devido a pandemia, não teremos a tradicional reunião, não há motivos para comemorar. Ficarei com a minha família em Parintins depois de 12 anos”, contou.

Jucelino contou ao Portal Tucumã como funcionava a reunião entre os parintinenses na cidade carioca. “Como era comemorado meu aniversário e o Ano Novo, a gente se reunia e dava uma cota de R$ 50, até mesmo para fazer uma festa bonita. Dava tantas pessoas que ficava sem espaço. Quem era craque na cozinha fazia a comida, mas todo mundo se divertia”, disse.

Para matar a saudade da família, o artista sempre fazia videochamada, principalmente para ver sua filha, a pequena Sophia Isabele.

Jucellino (esquerda) e a pequena Sophia Isabele (direita) – Foto: Reprodução/Facebook

Driblando a pandemia

Após o Carnaval, Jucellino Ribeiro inicia os preparativos pensando no Festival Folclórico de Parintins. Entretanto, a edição de 2020 foi adiada por conta da pandemia e o artista precisou se reinventar para driblar a crise causada pela Covid-19.

Jucellino pintou quadros e fez caricaturas ainda no Rio de Janeiro. Mas um convite para trabalhar em um projeto artístico de Roraima mudou totalmente sua rotina.

“Eu fui para Roraima convidado pelo artista Rossy Amoedo para fazer parte da equipe visando um projeto lindo e grandioso. A ideia era montar algumas esculturas com animais característicos da Amazônia e o local funciona como ponto turístico em Boa Vista. Passei quase cinco meses por lá, graças a Deus veio em boa hora. Não ajudou só eu, mas muitas famílias”, disse.

O desfile das agremiações que pertencem ao Grupo Especial, no Rio de Janeiro, está programado para acontecer nos dias 10 e 11 de julho de 2021, conforme divulgado pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). A Imperatriz Leopoldinense vai abrir o Carnaval e o último desfile fica por conta da Vila Isabel.

Último trabalho de Jucellino Ribeiro no Festival de Parintins – Foto: Wigder Frota

Embora confiante na vacina contra a Covid-19, Jucellino reitera que muitos artistas estão no clima de incerteza.

“Mesmo distante sempre falo com os carnavalescos e fico por dentro do processo de criação. Eu já sei de algumas coisas que serão feitas, claro, dentro da minha área. No momento fechei apenas com uma escola de samba e ainda estou estudando outra. Como é praticamente no mesmo tempo que o Festival de Parintins, estou pensando como vou fazer. Por isso não me decidi”, conta.

Números

Segundo o boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) na última terça-feira, o estado registrou 1.447 casos por Covid-19, totalizando a marca de 198.201 casos da doença, sendo 80.420 em Manaus e 117.781 no interior.

Neste momento há 718 pacientes internados, sendo 450 em leitos (146 na rede privada e 304 na rede pública), 254 em UTI (93 na rede privada e 161 na rede pública) e 14 em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde.

Diante da atual situação, o governador Wilson Lima (PSC) entregou nesta quarta-feira (30) 10 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Delphina Aziz.

A unidade, que é referência no tratamento da doença, passa a contar com 150 leitos para pacientes com Covid-19. Com a entrega, a unidade registra um aumento de 300% de leitos de UTI, desde o início da pandemia em março, quando contava com 50 leitos.

Foto: Reprodução/Facebook

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