Londres – A nova variante Covid-19 altamente transmissível detectada pela primeira vez no Reino Unido tem mais probabilidade de causar tosse do que as cepas mais antigas, mas o cheiro e o sabor parecem menos afetados, sugerem novos dados do Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido (ONS).
Novos resultados da pesquisa divulgados pelo ONS (Office for National Statistics) na quarta-feira revelam que sintomas como tosse, dor de garganta, dores musculares e febre foram mais comuns entre aqueles que pegaram a nova variante. A agência, que vem pesquisando os efeitos e a disseminação do coronavírus há meses, disse que não havia evidências que sugerissem que a nova variante fizesse alguma diferença quando se tratava de dores de cabeça ou falta de ar.
“A perda do paladar e do olfato foram significativamente menos comuns em novos positivos com variantes compatíveis do que nos triplos positivos”, disse o ONS. Autoridades britânicas afirmam que a variante, descoberta pela primeira vez no sudeste da Inglaterra em dezembro, pode estar associada a uma taxa de mortalidade ligeiramente mais alta do que as cepas anteriores do coronavírus.
Em relação a outros sintomas relatados de infecções por Covid, a agência disse que “ não há evidência de diferença nos sintomas gastrointestinais, falta de ar ou dores de cabeça”.
A alta taxa de transmissão da variante, no entanto, colocou o serviço de saúde do Reino Unido sob enorme pressão e levou a novas medidas de bloqueio em toda a Europa para tentar conter sua disseminação.
Os sintomas mais comumente relatados de Covid-19 são febre, tosse seca e cansaço. Os sintomas menos comuns incluem perda de paladar ou olfato, dores, dor de cabeça, dor de garganta, congestão nasal, olhos vermelhos, diarreia ou erupção cutânea, diz a Organização Mundial de Saúde.
O Reino Unido relatou quase 3,7 milhões de casos de coronavírus até agora, e na terça-feira seu número de mortos ultrapassou 100.000, contando as pessoas que morreram em 28 dias após um teste positivo.
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