O laboratório de medicina diagnóstica Dasa detectou no Brasil uma nova variante do coronavírus em dois pacientes de São Paulo. Chamada de B.1.1.7 do SARS-CoV-2, a cepa descoberta boletim na Inglaterra, seguida de outros países na Europa. O laboratório relatou o caso ao Instituto Adolfo Lutz e à Vigilância Sanitária.
Segundo o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana, uma nova variante pode gerar um grande número de falsos negativos em diagnósticos da Covid-19, já que os testes disponíveis só identificam o gene S que compõe um pico de proteína. “Estamos antecipando uma avaliação para definir os exames que sofram menos interferência em seu desempenho de diagnóstico, numa eventual expansão desta variante no Brasil”, explica Campana.
As primeiras informações sobre a variante foram publicadas no Reino Unido no início de dezembro. Segundo análises iniciais, a nova cepa, que apresenta um grande número de mutações, é 56% mais transmissível. Isso porque parte das mutações se deu na proteína spike, responsável por conectar o vírus à célula humana. Até o momento, ela não tem sido tratada pelos cientistas como mais letal que as outras cepas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, no Reino Unido, uma nova variante já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados. Os médicos reforçam a necessidade do isolamento, especialmente para quem acaba de chegar da Europa.
com informações Veja
