Brasil – Implementado desde 2022, o Novo Ensino Médio representa uma transformação na estrutura curricular do ensino médio no Brasil. A principal novidade é a flexibilização do currículo, que agora permite aos alunos escolher itinerários formativos de acordo com seus interesses e habilidades.
No Novo Ensino Médio, o formato anterior com 13 disciplinas obrigatórias foi substituído por uma divisão em que 60% da carga horária é destinada a disciplinas comuns a todos os estudantes, enquanto os 40% restantes são direcionados para currículos específicos de cada aluno, segundo o Ministério da Educação e Cultura (MEC), permitindo uma abordagem mais personalizada e alinhada aos interesses individuais.
Dentre as disciplinas disponibilizadas em 2024 estão temas como: Narrativas com RPG, Fundamentos Agroecológicos, Fotografia, Mitologia, Horta, Simulação de Júri, Linguagem no Ambiente de Trabalho, No universo da Mitologia e outros.
No entanto, esse novo modelo tem sido alvo de críticas e elogios por parte de especialistas. Alguns apontam para uma possível segregação entre alunos de escolas públicas e particulares, já que as particulares irão manter disciplinas tradicionais focadas no vestibular. Por outro lado, há quem veja na flexibilização do currículo uma oportunidade de estimular o interesse dos alunos e aumentar sua permanência no ensino.
Segundo o professor Remi Castioni, da Universidade de Brasília, em entrevista ao Metrópolis, o Novo Ensino Médio busca estimular a autonomia do estudante, permitindo que ele tenha voz em suas escolhas. No entanto, ele ressalta que há desafios na implementação do modelo, como a preparação de escolas específicas para diferentes áreas de interesse.
Em contrapartida, o pesquisador Adilson César de Araújo, do Observatório do Ensino Médio e professor do Instituto Federal de Brasília (IFB), defende que o modelo prejudica a educação de jovens. “É uma reforma que estabelece um currículo mínimo para os filhos dos trabalhadores, ou seja, é uma reforma que não garante uma cultura geral”, disse.
Ele ainda afirma que a reforma que vai alimentar o histórico de desigualdades escolares
Implementação no Amazonas
Aproximadamente 147 escolas já participaram do programa piloto do Novo Ensino Médio, no Amazonas, sendo 76 na capital e 71 no interior do estado. A Secretaria de Educação tem oferecido capacitações para professores e gestores da rede estadual, visando auxiliá-los nessa transição
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