Manaus – O deputado estadual Delegado Péricles (PSL) usou as redes sociais nesta terça-feira (8) para se manifestar a respeito das acusações envolvendo seu nome em suposta manobra com intuito de escolher a nova mesa diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
Segundo especialistas jurídicos ouvidos pelo jornal A Crítica, o parlamentar poderá responder na Justiça pelo crime de falsificação de documento público.
Nas redes sociais, Péricles se defendeu dizendo que não tem amarras e não precisa viver da política.
“Sou um cara que não precisa viver de política. Nunca tive amarras e sempre adotei postura técnica em meu mandato. Nunca fui oposição por ser, sempre fui colaborativo quando o melhor do Estado estava realmente em pauta, mas sempre surgi com dados concretos quando constatei que a velha e conhecida corrupção estava ganhando a batalha”, falou.
Além disso, Péricles afirmou que o trabalho contra a corrupção está fortalecido.
“Ataques e acusações infundados a gente responde com trabalho. É o que eu tenho feito e seguirei fazendo. A população sabe disso, tem visto. O discurso de desconstrução de quem trabalha, adotado pelo sistema, não funciona mais. A luta contra a corrupção está mais forte”, complementa.
Falsificação
Conforme o levantamento feito pelo jornal A Crítica, documentos foram “fabricados” para dar legitimidade à eleição considerada relâmpago, para o posto de presidente da casa legislativa.
O imbróglio tomou forma após deputados da oposição não considerarem legítima a votação que, segundo parlamentares como as deputadas estaduais, Alessandra Campêlo (MDB) e Joana Darc (PL), não foram convidadas a participarem da reunião na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A Consulta ao sistema de tramitação de projetos da Aleam revelou que houve interferência direta do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no caso, o deputado Péricles.
Detalhes da reportagem de A Crítica, revelaram que a suposta manobra só foi identificada após a tela do sistema da Aleam, que controla a tramitação dos processos no Legislativo, mostrar que o autor da PEC não é um deputado específico, e sim a própria CCJ, presidida pelo Delegado Péricles.
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