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“O vírus só ataca após a meia-noite?”, reclamam promotores de eventos em Manaus

Empresários e músicos defendem volta de shows e eventos na capital.
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Foto: Alcides Neto / Pump Manaus

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou, que, durante vistorias feitas pela Central Integrada de Fiscalização (CIF), em mais de 650 estabelecimentos comerciais em Manaus, 150 já foram fechados por descumprir medidas sanitárias de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) na capital amazonense.

As fiscalizações tiveram início a partir do decreto de reabertura das atividades comerciais publicado pelo Governo do Estado, em junho.

Conforme a secretaria, durante as fiscalizações, os estabelecimentos podem ser notificados, interditados ou fechados por diferentes tipos de irregularidades que podem ser constatadas, como não apresentar documentações necessárias de segurança no momento da fiscalização.

As fiscalizações da CIF englobam equipes das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Departamento Estadual de Trânsito, Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), entre outros órgãos, que prestam o apoio para fiscais da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) e da Vigilância Sanitária Municipal (Visa Manaus).

No último final de semana, de 55 estabelecimentos fiscalizados, sete foram fechados e dez foram autuados por estarem descumprindo o decreto governamental, que prevê medidas de segurança em locais públicos.

Empresários reagem

De acordo com representantes da Associação de Entretenimento do Estado do Amazonas (ASSEEAM), que representa hoje aproximadamente 40 empresários promotores de eventos, donos de casas de shows e até músicos na capital amazonense, o prejuízo para eles cresce a cada dia.

Segundo os associados, a suspensão dos eventos ocasionou uma série de problemas, como cancelamentos de contratos, demissões em massa, além da possível ameaça de falir algumas empresas do entretenimento local.

“A gente foi responsável pela inclusão dos bares no decreto do governo e conseguimos os horários até meia-noite, para se ter uma ideia, Manaus foi a primeira cidade no Brasil que abriu até meia-noite bares e restaurantes. Muitas cidades nem abriram ainda, outras até 17h e outras até 22h”, disse Evandro Jr., presidente da ASSEAM.

No entanto, para eles, o momento agora é de retomada gradual, visto que, segundo o grupo, o limite de funcionamento do horário até meia-noite gera uma contradição, pois o vírus não tem horário para circular.

“Agora estamos lutando para liberarem esses horários e queremos funcionamento das casas de show no mesmo protocolo que está funcionando Bares e Restaurantes. Paramos nossas atividades antes do primeiro decreto e já conversamos com o Governo antes também, e nos colocamos à disposição para ajudar nos primeiros três meses. Infelizmente demorou mais um pouco, mas agora o momento é outro”, defendeu ele.

Shows na capital

Para Bernard Teixeira, CEO & Founder da PUMP Manaus, o impacto causado em produtoras amazonenses e trabalhadores do entretenimento local foi gigantesco. “O impacto é catastrófico, muitas empresas estão falindo, pessoas passando dificuldades básicas e muita gente sem saber o que fazer da vida”, disse ele.

Ele ainda revela que os shows em Manaus estão parados há quase sete meses e até o momento sem previsão de volta, e por isso defende a volta dos eventos na capital o quanto antes. “Sim, os shows precisam voltar o quanto antes e, claro, com um plano de reabertura atendendo todos os protocolos de segurança. Todos os setores já voltaram e não podemos esquecer da cultura”, salienta.

Já sobre a possibilidade do horário reduzido em shows, como têm ocorridos em bares e restaurantes, Bernard discorda e diz que a questão é a proteção e não o horário.

“Sou contra horário reduzido, visto que o vírus não escolhe a hora para se espalhar. A redução tem que ser de público e de contato físico. Infelizmente, muitos estão indo para o lado dos eventos clandestinos, mas por questão de sobrevivência e não de ilegalidade”, defende Bernard.

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