Operação Água Pura: Três pessoas são presas por poluição que matou centenas de peixes em lago de Manaus

Além das prisões, duas empresas foram multadas em mais de meio milhão de reais

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Manaus (AM) – Nesta sexta-feira (24), a “Operação Água Pura” foi deflagrada em Manaus, resultando na prisão de três pessoas e na aplicação de multas totalizando R$ 796 mil para duas empresas, sob suspeita de poluição do Lago Puraqueaquara, localizado na zona Leste da capital amazonense. A ação foi conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), em conjunto com a Polícia Federal e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

Durante a operação, as equipes também apreenderam três caminhões limpos-fossa e 380 litros de diesel irregulares. A delegada Juliana Viga, titular da Dema, informou que as investigações tiveram início após denúncias de que as empresas estariam despejando líquidos não tratados no meio ambiente, resultando na morte em massa de peixes no local.

“Recebemos imagens de vários peixes mortos e a água com coloração diferente. As pessoas que denunciaram apontaram algumas empresas, que são responsáveis pelo tratamento de efluentes líquidos. Mapeamos as empresas, identificamos o local e fomos até lá com a equipe de investigação”, contou a delegada.

Uma equipe de investigação que tocava a operação se dirigiu a uma das empresas denunciadas, onde flagrou uma transferência sendo realizada de forma irregular. Conforme relatos, os peixes encontrados no Lago Puraqueaquara estavam em estado avançado de decomposição ou sendo consumidos por aves. Dentre as espécies afetadas estavam jaraquis, tamoatás e piabas.

“Os efluentes líquidos estavam caindo no chão, estava transbordando e não havia tratamento da estação de tratamento dos efluentes, não estava tratando a água, e essa água identificamos que ela estava desaguando no solo”, concluiu Viga.

A polícia confirmou que a morte dos peixes ocorreu devido à poluição, reforçando a necessidade de ações para coibir práticas nocivas ao meio ambiente. A operação evidencia a importância da fiscalização ambiental e do combate à poluição, visando a preservação dos recursos naturais e a saúde da fauna aquática na capital amazonense.

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