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Pacientes da Covid-19 estão expostos a crises de ansiedade em meio ao cenário de medo e morte no AM

O psicólogo Carlos Ramalho orienta para a importância de cuidar do emocional neste momento de pandemia; ajuda pode vir da família ou de amigos próximos
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A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) trouxe tanto preocupações à saúde física quanto ao sofrimento psicológico, que a população geral e profissionais da saúde envolvidos no combate podem enfrentar. Com o isolamento social o cenário de medo e incertezas espalhou estresse e ansiedade no mundo inteiro.

Um estudo feito pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e Universidade Federal Fluminense (UFF) analisou os impactos da Covid-19 na saúde mental. O resultado apontou que o novo coronavírus pode causar alterações: neurais, imunes e endócrinas; que podem contribuir para distúrbios psicológicos.

Quem confirma essa realidade é Walery Luise Cardoso, de 23 anos, que ficou com o psicológico fragilizado após enfrentar à Covid-19. Ela conta, inclusive, que voltou a tomar remédios para controlar a ansiedade.

“Eu passava a madrugada toda acordada, muitas das vezes chorando e pensando que o pior iria acontecer. Ligava a TV para assistir algo e só falavam de mortes, e eu fiquei muito abalada com tudo isso. O remédio para ansiedade, que não tomava há um tempo, voltou para minha rotina”, disse a amazonense.

Walery luise foi infectada na 2ª onda de Covid-19 no Amazonas

“Não tinha como ficar tranquila. No dia que piorei, fui procurar atendimento e ouvi ‘não temos vagas’, isso me deixou muito perturbada. Eu me perguntava para onde eu iria se passasse mal se não tinha vagas”, contou Wallery.

Profissionais da saúde

Atuando diariamente na linha de frente, profissionais da saúde também sentiram o impacto do abalo psicológico. Um estudo publicado no site Science Direct avaliou uma população de 944 médicos e enfermeiros que trabalham em Wuhan, China, e apontou que 34% apresentavam distúrbios de saúde mental leves, 22% moderados e 6% graves imediatamente após a epidemia.

No Brasil, um estudo realizado pela PEBMED (site de notícias médicas), revela que 78% dos profissionais de saúde tiveram sinais de síndrome de Burnout no período da pandemia. A prevalência foi de 79% entre médicos, 74% entre enfermeiros e 64% entre técnicos de enfermagem. Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, associado à atividade profissional, que causa esgotamento físico e mental.

Foto: Reprodução/ Internet

Como cuidar da mente

O psicólogo Carlos Ramalho, orienta para a importância de cuidar do emocional neste momento de pandemia. Segundo ele, o apoio emocional pode ser oferecido por qualquer pessoa: um familiar, um amigo ou um colega de trabalho.

“É tempo de demostrar interesse genuíno pelo bem estar do outro. Para acontecer o apoio emocional é importante que a pessoa a ser ajudada sinta-se segura de que é ouvida na essência e tem seus sentimentos acolhidos e respeitados. Ter alguém com quem você possa desabafar pode ser tudo o que você precisa”, disse.

” Agora, se você não consegue se restabelecer diante do momento vivenciado, se a crise emocional te impede de retornar as suas atividades diárias, procure o apoio psicológico. O profissional irá auxiliar a pessoa a recuperar sua autonomia, lidar melhor com suas emoções e organizar suas ideias no sentido de definir ações concretas no presente”, completou Carlos.

Confira 4 dicas para cuidar do psicológico na pandemia:

Psicólogo da Fundação Hemoam, Dr. Carlos Ramalho, dá dicas para evitar crises emocionais na pandemia.

Texto: Karol Maia

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