O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), se posicionou pelas redes sociais nesta sexta-feira (24) sobre a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Segundo ele, Jair Bolsonaro (Sem Partido) errou ao permitir saída de Moro.
“Sai Mandetta, sai Moro, saíria Guedes? É o desmonte do Brasil? Eu cheguei a contestar o motivo dele [Moro] largar a magistratura para assumir um ministério, mas assim ele fez. E tinha tudo para desenvolver um bom trabalho, pois ele acabou virando um símbolo do Brasil contra a corrupção”, disse Arthur Neto.
Ele reiterou que Moro foi alvo da política de obediência.
“Agora veio a notícia de sua saída, pouco depois da saída do ministro da Saúde. O que o presidente está fazendo? Só fica quem é obediente? É a política da obediência que está sendo trabalhada? O presidente errou e perdeu a sua última carta efetiva de realizações, que era o ministro Moro”, falou.
Impeachment
A deputada federal Joice Hasselman (PSL-SP) e ex-aliada de Jair Bolsonaro, entrou com um pedido de impeachment contra o presidente nesta sexta-feira.
Joice colocou no pedido que Bolsonaro cometeu o crime de falsidade ideológica no caso de Maurício Valeixo sobre a troca de comando da Polícia Federal (PF), também envolvendo Sergio Moro.
Caso Bolsonaro seja alvo impeachment, Arthur Neto falou que não seria o momento ideal para tal pedido pois, segundo ele, o Brasil não pode adotar uma “tradição” de tirar presidentes por esse meio.
“O Brasil está em situação de calamidade pública, decretada pelo presidente, e durante essa situação não é para ficar demitindo seus melhores ministros, é para ter pulso de administrar sua equipe. Estamos combatendo um inimigo invisível e é momento de mostrar união e liderança, não de desmontar o governo. O Brasil é maior que o presidente Bolsonaro, é maior que eu, maior que o Moro, é maior que tudo. O Brasil resiste a tudo e um dia vai atingir seu grande destino”, explicou.
Por João Paulo Castro
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