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Para especialistas, soltura de Lula o deixa fortalecido e crise na Saúde torna cenário favorável ao PT

No atual cenário da Saúde no Brasil, mais especificamente no Amazonas - estado que sofreu com duas crises na pandemia da Covid com milhares de mortos - especialistas avaliam que o Governo Bolsonaro está em desvantagem
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A nova condição de Lula, na qual foi inocentado e todas as suas condenações na Lava Jato contribuíram para o fortalecimento do desejo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 75 anos, voltar a querer disputar à Presidência em 2022.

A informação foi do deputado federal, José Ricardo Wendling (PT), durante conversa no Programa Resenha Política desta sexta-feira (21) ao Portal Tucumã. De acordo com o petista, Lula não tinha mais a intenção de concorrer na política diretamente, por isso apoiou o ex-prefeito de São Paulo e candidato à Presidência em 2018. Ele disse também, que Lula continua apoiando Haddad para seguir nesse sonho.

Conforme o parlamentar, com o cenário atual de desemprego, de economia falida, e tantos outros problemas do Brasil diante da crise econômica e da pandemia, Lula seria a esperança para o país neste momento.

Ainda segundo o deputado federal, durante o período em que o PT esteve na presidência do Brasil, o país saiu da situação de extrema pobreza, saiu do mapa da fome. E que nos 12 anos em que os petistas atuaram no país, sendo 8 anos com o próprio ex-presidente Lula e mais 4 anos com a ex-presidente Dilma Rousseff, o país tomou outro outro rumo na economia brasileira.

O petista lembra que o desafio de reverter a inflação, de aumentar emprego, e tirar o país do endividamento e da má distribuição de renda, foi cumprido naquela gestão.

Lula estabilizou a economia, aplicou receitas econômicas, criou políticas sociais, redistribuiu a renda e reduziu a desigualdade social no país, conforme destacou Zé Ricardo. O Parlamentar reafirma que o Brasil cresceu no seu governo, que colocou como prioridade a inclusão social e a luta contra a miséria com os programas sociais de seu governo, como o Bolsa Família e o Minha casa, Minha Vida.

Para o deputado, a tendência da disputa entre Lula e Bolsonaro é possível, e segundo turmo é real e bastante favorável para o presidenciável, que foi, segundo o parlamentar, injustiçado pelo ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Na opinião de José Ricardo, Sérgio Moro faltou com a verdade durante o processo de Lula na Lava Jato, perseguiu e condenou Lula, sem provas para isso.

O ex-presidente Lula teve todas as suas condenações na Lava Jato anuladas no âmbito da Lava Jato por decisão monocrática do Supremo Tribunal Federal (STF). A anulação permite que o petista deixe de ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, e concede a elegibilidade para cargos públicos.

José Ricardo defende que, no atual cenário, no Amazonas, Lula vence, pois, segundo ele, o atual governo de Jair Bolsonaro (sem partido) perdeu no Amazonas, visto que, na última eleição, apenas em Manaus e em Apuí ele conseguiu ser bem votado, nos demais municípios Haddad venceu – e que foi assim tanto no primeiro quanto no segundo turno. No Amazonas Bolsonaro não foi eleito – e, com o tratamento que vem recebendo o Estado, mais uma vez ele será derrotado no Amazonas.

“O Lula está bem nas pesquisas e penso que ele é o candidato. No governo do Lula, nós tivemos 12 anos de muito investimento. Houve investimento no Amazonas e investimentos sociais, e o povo lembra disso. E com isso volta aquela esperança. Por um lado um governo, que é o governo do desemprego, visto que são 14,4 milhões de desempregados no Brasil, a fome voltando e um auxílio emergencial que não vai resolver nada, nesse valor que ele, [Bolsonaro], está impondo, e o abandono do Amazonas. Então não há dúvida que nas pesquisas as pessoas vejam o Lula com a experiência dele, com o compromisso que ele teve com o país e com a população e o Amazonas que ele seja um bom candidato”, defendeu o parlamentar.

José Ricardo lembrou ainda, a importancia de se manter na esfera federal e no Congresso Nacional, e frisou que o Partido ainda está discutindo em qual cargo ele vai disputar, se para uma vaga no senado ou se vem para governar o Estado. Que ainda estão em tratativas, mas não confirmou qual cargo almeja, mesmo que tenha dados a entender que quer permancer na esfera federal para poder trazer recursos para o Amazonas.

O que dizem os especialistas políticos

Para o professor e cientista político Helso Ribeiro, a “gordura” que Bolsonaro tinha para queimar ele já queimou. Ele também acredita que Bolsonaro não está fazendo o que deveria pelo Estado do Amazonas, e aposta que a candidatura de Lula pode sim ir para uma disputa de segundo turno em 2022.

Já o professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e diretor da Action Pesquisas, Afrânio Soares, há uma guerra de paixão entre o eleitorado dos bolsonaristas e petistas. E que um eventual segundo turno poderá ser decidido nas alianças partidárias. E que as afinidades ideólogicas darão rumo à presidência em 2022.

O economista Mourão Júnior lembra que um presidente precisa olhar a Região Norte, que depende do modelo Zona Franca e disse que o turismo não é sufuciente para sustentar o Amazonas , e que é preciso buscar outras fontes de renda para o crescimento local

Relembre as condenações envolvendo Lula

O ex-presidente foi condenado em dois processos da Operação Lava Jato . Eles foram o caso do tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e do sítio em Atibaia, no interior do estado. Ele ainda virou réu em uma ação que investiga um possível esquema de lavagem de dinheiro em doações para o Instituto Lula.

Tal processo foi suspenso no momento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em dezembro de 2020, sendo que ele se tornou réu em outubro do ano passado. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o petista teria recebido cerca de R$ 4 milhões da Odebrecht, disfarçando as doações, entre dezembro de 2013 até março de 2014.

Triplex no Guarujá
Antigo atuante da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, o ex-juiz Sergio Moro , condenou o ex-presidente a cumprir nove anos e seis meses de prisão por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, em julho de 2017. Por essa condenação, Lula foi preso.

Veja o Programa na íntegra

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