Brasil – A empresária Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, foi assassinada pelo marido, o sargento da Polícia Militar Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, dentro de uma clínica médica, no dia 7 de maio de 2025, na cidade de Santos, São Paulo. O crime, que também deixou a filha do casal, de 10 anos, ferida, expõe falhas graves no sistema de proteção à mulher e levanta questionamentos sobre a atuação das autoridades envolvidas.
Segundo informações do Instituto Médico Legal (IML), Amanda foi atingida por três disparos de arma de fogo e sofreu 51 facadas desferidas por Samir . O crime ocorreu após Amanda buscar refúgio na clínica, acompanhada da filha, e relatar à recepcionista que estava sendo ameaçada pelo marido armado. A polícia foi acionada, e dois agentes chegaram ao local, mas, ao não encontrarem a arma com Samir, solicitaram que o consultório onde Amanda e a filha estavam escondidas fosse aberto. Nesse momento, Samir pegou uma arma de fogo que estava em uma sala vizinha e efetuou os disparos.
Amigos e familiares relataram que Amanda vivia sob constante ameaça e controle por parte de Samir. Ela evitava denunciar o marido por medo de represálias, temendo pela própria vida e pela segurança de seus familiares . Esse contexto evidencia a dificuldade que muitas mulheres enfrentam para romper ciclos de violência doméstica, especialmente quando o agressor ocupa uma posição de autoridade.
Samir foi preso em flagrante e teve sua prisão convertida em preventiva. Ele está detido no presídio militar Romão Gomes, em São Paulo, e participará da reconstituição do crime marcada para esta quinta-feira, 22 de maio . A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar a conduta dos agentes que atenderam à ocorrência.
O assassinato de Amanda Carvalho destaca a urgência de fortalecer as políticas públicas de proteção à mulher e de aprimorar a formação e atuação das forças de segurança em casos de violência doméstica. É essencial que denúncias sejam levadas a sério e que medidas protetivas sejam efetivamente implementadas para evitar tragédias como essa.
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