Manaus – O Policial Militar, Jeremias Costa da Silva, suspeito de assassinar a mulher trans, Manuella Otto, pode ganhar liberdade após ter sido preso por suspeita de crime de homicídio por motivação transfóbica.
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De acordo com informações da advogada da mãe da vítima, ela ressalta que o processo é sigiloso e não pode dar muitas informações sobre o caso, mas que a mídia pode ajudar de forma positiva a repercutir e denunciar uma possível soltura do suspeito.
O caso vem sendo acompanhado pelo Ministério Público e a Comissão dos Direitos Humanos da OAB/AM. No dia 20 de maio, o advogado do suspeito Jeremias Costa da Silva, requereu a substituição de prisão preventiva para que o acusado aguarde o julgamento em liberdade, alegando insanidade mental permanente do suspeito.
No dia 25 de maio, de acordo com a advogada, o Ministério Público deu parecer favorável à soltura de Jeremias e afirma que apesar das provas de autoria e materialidade do crime, a prisão preventiva é medida extrema, devendo ser adotada apenas em casos extremos.
A advogada acredita que no entendimento do MP, o assassinato de uma mulher transexual não é considerado grave o suficiente para manter o acusado preso, mesmo havendo provas incontestáveis de que ele foi o autor do crime. Ressalta ainda que o MP afirma que o suspeito tem condições favoráveis que autorizam a sua liberdade como laços familiares, residência fixa e trabalho. Jeremias é cabo da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), mas diante a situação, está afastado da corporação. A suposição aponta também que não há qualquer indício que o suspeito possa praticar outros crimes, nem que poderá fugir ou por em risco a aplicação da lei penal. ”Que o crime é grave, mas não há indícios que demonstre a periculosidade de personalidade perigosa”.
Baseado nisso, o Ministério Público pediu aplicação de medidas protetivas como a proibição de se ausentar da comarca, fazendo o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de frequentar bares, motéis ou locais congêneres, praticando o recolhimento domiciliar no período noturno entre 20h e 6h da manhã, dando liberdade para andar nas ruas somente pela parte do dia.
Relembre o caso
Manuela Otto foi encontrada morta deitada no quarto do motel da madrugada do último sábado (13). Segundo o Departamento de Polícia Técnico Científica (DPTC), ela recebeu dois tiros, sendo um no braço esquerdo e outro nas costas, o último atravessando o tórax.
Jeremias estava conduzindo um modelo Prisma, de cor branca e placas PHJ-1418. Durante a estadia no motel, os funcionários ouviram um disparo de arma de fogo.
Logo em seguida, o portão da pousada foi fechado para impedir a saída do homem que estava na companhia da vítima. O suspeito fez ameaças e arrombou a porta com o carro.
As informações ainda não foram confirmadas. Qualquer nova informação, atualizaremos.
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Foto: Reprodução