Policiais militares são presos após agredir colega de farda em curso de formação

As prisões foram efetuadas pela manhã de hoje

Especial Publicitário

Brasil – Foi decretada nesta segunda-feira (29) a prisão temporária de 14 policiais militares (PM`s) suspeitos de agredir e torturar um colega de farda durante um curso do Batalhão de Choque (Patamo). A decisão, além de determinar a prisão do segundo-tenente Marco Aurélio Teixeira, coordenador do curso e citado nominalmente pelo soldado agredido, incluiu outros membros da corporação. A decisão é do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Segundo informações divulgadas pelo Metrópoles, os demais policiais presos foram identificados como; Gabriel Saraiva, Daniel Barboza, Wagner Santos, Fábio de Oliveira, Elder de Oliveira Arruda, Eduardo Ribeiro, Rafael Pereira Miranda, Bruno Almeida, Danilo Lopes, Rodrigo Dias, Matheus Barros, Diekson Peres e Reniery Santa Rosa

As prisões foram efetuadas pela manhã, com integrantes da Promotoria de Justiça Militar do MPDFT e da Corregedoria-Geral da PMDF acompanhando o cumprimento dos mandados. Os PMs detidos ficarão no 19º Batalhão da PM, dentro do Complexo Penitenciário da Papuda.

A juíza Catarina de Macedo também ordenou a busca e apreensão dos aparelhos celulares dos militares e do comandante do BPChoque, coronel Calebe Teixeira. Além disso, atendeu ao pedido da 3ª Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), determinando o afastamento de Calebe do comando do batalhão até o término das investigações.

Entenda o caso

Danilo Martins, de 34 anos, denunciou ter sido agredido na última segunda-feira (22) por um grupo de soldados da PMDF durante o curso de formação. Segundo seu relato, as agressões começaram após ele se recusar a desistir do curso. As torturas incluíram xingamentos, gás lacrimogênio nos olhos, pauladas, humilhações e até assinatura forçada de uma ficha de desistência.

Os exames revelaram lesões graves, como rabdomiólise e lesão cerebral, afetando visão e audição. O advogado de Danilo ressaltou a crueldade dos atos e exigiu uma investigação rigorosa e imparcial, além da responsabilização dos envolvidos.

O advogado responsável pela defesa dos PM´s, Marcelo Almeida, divulgou uma nota afirmando que “em nenhum momento os referidos policiais militares foram notificados para prestarem quaisquer tipos de esclarecimentos sobre os fatos objeto desta operação, seja pelo Departamento de Controle e Correição da PMDF ou mesmo pelo MPDFT”.

O advogado disse ainda que seus clientes foram “apenas surpreendidos nesta manhã com suas respectivas prisões, razão pela qual a defesa técnica buscará trazer aos autos suas versões, para que então o Poder Judiciário possa aplicar o direito da melhor forma”.

Leia mais