Manaus — A política é uma atividade nobre, que permite aos seus trabalhadores uma série de obras de doação ao próximo e contribuição à sociedade. Mesmo assim, não é incomum encontrar investigações públicas cujos alvos são membros de cargos destinados a servir o povo. É o caso dos políticos: José Melo, Reizo Castelo Branco e Ronaldo Tabosa, os protagonistas do especial “Por Onde Anda?” publicado pelo Portal Tucumã nesta quarta-feira (20).
Melo foi indiciado pela Polícia Federal (PF) durante a operação “Custo Político”. Houve a suspeita de que o ex-governador fazia parte de um grupo que desviou verbas da saúde pública. Durante o período em que ficou preso, Melo pediu, em 2021, a retirada de tornozeleira eletrônica. Ele alegou desconfortos físicos e psicológicos, além de pedir pela devolução dos bens apreendidos na operação da PF.
Durante o ano de 2022, o ex-governador do Amazonas concedeu entrevista a um portal de notícias amazonense, onde comentou sobre a pré-candidatura a deputado estadual pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS). Ele alegou ao veículo que não desviou um centavo da saúde do Amazonas e disse ter provado a inocência nos autos dos processos judicias.
Ainda em 2022, Melo foi entrevistado em um podcast pertencente a um grupo de imprensa regional. Ele afirmou ter se arrependido de ter confiado em determinados políticos. “Fiquei preso 133 dias. Fiquei 1140 dias de tornozeleira eletrônica”, afirmou durante o programa. Na seção de comentários do podcast, internautas comentaram: “ainda tem a cara de pau de dizer que é prisão traiçoeira”, “num país sério… esse cara jamais iria voltar a ser candidato ou qualquer cargo público. Bandido [sic]”.
Nas redes sociais, Melo se mantém inativo desde 15 de outubro de 2022, quando é possível registrar a última postagem feita no Instagram do político.
Há 12 anos
Reizo Castelo Branco, filho do ex-deputado federal Sabino Castelo Branco, foi eleito vereador em 2012, com maior número de votos para a nova composição da Câmara Municipal de Manaus (CMM) à época. No início desse ano, o político havia se tornado inelegível por determinação do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM). À imprensa, Castelo Branco afirmou que o povo sabia que ele era “ficha limpa”.
Ele e o pai foram acusados, em uma ação de investigação judicial, de uso eleitoreiro do programa “Voz da Esperança” e de abuso do poder econômico durante processo eleitoral de 2010.
O político se candidatou, em 2020, às eleições municipais no cargo de vereador, mas alcançou apenas 1.779 votos, tornando-se suplente.
Em 2023, o ex-vereador foi visto em um evento da prefeitura de Manaus no qual reuniram-se vereadores, secretários e o prefeito David Almeida (Avante). Durante a ocasião, ocorrida no bairro Cidade de Deus, zona norte de Manaus, Castelo Branco subiu em um palco e posou para fotos ao lado de políticos.
A aparição em eventos políticos pode ser interpretada como uma tentativa de Castelo Branco de disputar espaço público nas eleições deste ano.
Alvo de operação
O empresário e ex-vereador de Manaus Ronaldo Tabosa foi alvo da operação Tesouro Oculto, da Polícia Federal. Ele foi suspeito de comandar esquema criminoso que sonegou quase R$ 90 milhões em impostos. Segundo divulgado na imprensa local em outubro de 2023, as investigações ainda não haviam terminado, correndo sob segredo de justiça.
A investigação, que começou em 2019, apurou que o grupo adotou um modo de ação complexo, que consistia na abertura de muitas empresas para tentar driblar o fisco e as investigações.
Tabosa foi preso em outubro de 2023.
Leia também
Receba notícias do Portal Tucumã no seu WhatsApp e fique bem informado!
CLIQUE AQUI: https://cutt.ly/96sGWrb
