O presidente do grupo Samel, Luís Alberto Beto Nicolau, alertou nesta segunda-feira (17) que a população do Amazonas se mantenha vigilante nos cuidados sanitários diante do aumento de casos de covid-19 no estado. Entretanto, disse que não há motivos para pânico.
Para o empresário do grupo que colheu excelentes resultados no combate ao coronavírus nas duas ondas, em 2020 e 2021, até este momento o ataque da ômicron em nada se compara com antes.
“Nós estamos traduzindo aqui os dados oficiais e os dados da Samel. O que nós temos a dizer é que, sim, temos que manter o distanciamento social, uso de máscara, principalmente em locais fechados e públicos, álcool em gel, tomar as vacinas, fazer todo o esquema. Mas, não precisamos estar causando um pânico na população”, disse Beto Nicolau.
Conforme ele, os números divulgados até agora pelo sistema de saúde do estado comprovam que a variante ômicron não deve ser motivo de pânico para a população.
Segundo esses dados, foram registradas 2.961 internações em Manaus nos 16 primeiros dias de 2021. Neste ano, no mesmo período, o número é quase dez vezes menor: 364 hospitalizações.
Igualmente, as informações sobre óbitos pela covid em 2022 são muito mais baixas que no ano passado, por exemplo. São 589 mortes registradas nos 16 primeiros dias do ano passado, contra 8 casos de agora. Uma redução de quase 900%.
O presidente da Samel lembra ainda da tragédia da falta de oxigênio para pacientes no início do ano passado. Para ele, um acontecimento que marca bem a diferença de intensidade do ataque do coronavírus, sobretudo na capital.
“Nós sabemos o que foi janeiro do ano passado para a nossa cidade. Não tem nada a ver, são cenários totalmente diferentes. Caso qualquer coisa mude neste cenário, nós seremos os primeiros a informar a toda a população da nossa cidade”.
Em vídeo que fez para divulgar em redes sociais, Beto Nicolau também analisa demais dados da covid em Manaus. Veja abaixo.
Gripes em alta
De acordo com o diretor técnico da Samel, Daniel Fonseca, hoje há apenas um paciente de covid internado. E ainda assim, em leito clínico, sem necessidade de terapia intensiva.
Em contrapartida, os atendimentos de urgência e emergência para síndromes gripais têm sido crescentes. Conforme Fonseca, um pico de aproximadamente 800 pessoas foi registrado somente no período da manhã de hoje (17).
Tal cenário exigiu que as equipes de atendimento fossem triplicadas para não prejudicar a qualidade dos serviços, segundo o médico.
“O número de atendimentos dentro do pronto-socorro tem sido muito grande, maior até do que tivemos no ano passado”.
