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Preso líder religioso por discursos de ódio contra judeus, negros e gays

Em um culto, o líder religioso Tupirani afirmou que os judeus “deveriam ser envergonhados como foram na 2ª Guerra Mundial”
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Tupirani da Hora Lores é preso pela PF — Foto: Reprodução/TV Globo

Tupirani da Hora Lores, líder religioso da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, foi preso nesta quinta-feira (24), alvo da Operação Rófesh, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

O pastor é conhecido por seus discursos de ódio contra judeus, além de praticantes de outras religiões, negros e gays. Ele foi preso em casa, na sede da igreja, no Morro do Pinto, no Santo Cristo, na região central do Rio de Janeiro.

Nos cultos que comanda, Tupirani não esconde a sua intolerância, principalmente a religiosa. Em diversos vídeos que circulam nas redes sociais, há ataques diretos aos judeus e membros de outras religiões, como as de origem afro.

Em um culto gravado e difundido em junho de 2020, o líder do grupo radical religioso afirmou que os judeus “deveriam ser envergonhados como foram na 2ª Guerra Mundial”.

“Óh, Deus da igreja! Massacra eles, que sejam envergonhados como na Segunda Terra e não consigam forças para levantar. Glorifico o teu o teu nome, Deus. Maldito sejam os judeus, que cuspiram e continuam assassinando Jesus Cristo até hoje. Maldito sejam eles”, disse o pastor.

Além dos crimes de racismo e ameaça, Tupirani responderá por incitação e apologia de crime. Caso seja condenado, poderá cumprir pena de até 26 anos de reclusão.

Em março de 2021, a PF deflagrou a operação Shalom para recolher provas de que o religioso pediu por um “massacre” de judeus.

Na ação, Tupirani desafiou os agentes federais em um vídeo publicado nas redes sociais: “Manda o delegado vir aqui pedir a minha retratação. Ele não é homem para isso, eu sou vencedor do sistema, ninguém me detém”.

Tupirani já foi preso por intolerância religiosa em 2009. Na época, o pastor se tornou o primeiro condenado no Brasil por esse tipo de crime. Em 2012, o líder religioso e alguns discípulos da igreja foram presos por intolerância religiosa, por comportamentos homofóbicos, xenófobos e racistas.

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