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Primeira indígena vacinada no país, Vanuzia Santos é técnica em enfermagem

Primeira indígena a se vacinar contra a Covid-19 no Brasil, Vanuzia Costa, é técnica em enfermagem, assistente social e representa o povo Kaimbé
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Primeira indígena vacinada no país, Vanuzia Santos é técnica em enfermagem
Primeira indígena vacinada no país, Vanuzia Santos é técnica em enfermagem

Vanuzia Costa Santos, de 50 anos, é moradora da aldeia multiétnica Filhos Dessa Terra, em Guarulhos, e é a primeira indígena a se vacinar contra a Covid-19 no Brasil. Técnica em enfermagem e assistente social, Vanuzia também preside o Conselho do Povo Kaimbé, originário do Nordeste.

Atualmente, a aldeia de Massacará tem cerca de 200 famílias, com representantes de pelo menos 180 delas residentes em São Paulo. Vanuzia veio para o estado em 1988 para trabalhar e se aprimorar na carreira profissional. Ela decidiu estudar, lutar por direitos e um dia retornar para cuidar dos moradores da aldeia de Massacará, na cidade baiana de Euclides da Cunha, onde nasceu.

“Fiquei muito feliz de participar deste momento. Sou defensora da vida, de outras vacinas, da prevenção e da saúde. Devemos valorizar a educação, a ciência, e isso pode ser conciliado mantendo uma crença, com as rezas e a medicina tradicional do meu povo”, afirmou Vanuzia.

Vanuzia concluiu a graduação em Assistência Social com bolsa integral pela PUC-SP no ano passado, com aulas à distância no último ano devido à pandemia. “O sinal era horrível na aldeia, corria com guarda-chuva para baixo de uma árvore. Fiz meu TCC inteiro pelo celular”, contou. Agora, pretende fazer residência em Saúde Mental para continuar a contribuir com seu povo e manter viva a herança dos ancestrais.

Ela também relatou o drama que viveu com a Covid-19 e os sintomas mais severos em maio passado. Solteira, com um filho de 24 anos, Vanuzia descreveu o sofrimento provocado pela doença: dores no corpo, tosse e severa falta de ar, além da ausência de olfato e paladar que persiste até hoje.

“Não fui para o hospital porque ajudava a cuidar de outras seis pessoas, precisava ter força para dar uma palavra de conforto e cuidar deles sem me abater. Tinha um oxímetro [equipamento que mede a saturação de oxigênio na corrente sanguínea], mas não media minha respiração para não me apavorar. Fiz o teste em 15 de junho e já estava curada”, conta a primeira indígena a ser vacinada.

Com informações via o Vale
Foto: Divulgação

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