Mundo – O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou nesta sexta-feira (05) que apresentará sua carta de demissão ao rei Charles III, após a devastadora derrota do Partido Conservador nas eleições nacionais realizadas na última quinta-feira (4). A derrota põe fim a um período de 14 anos de governo conservador no Reino Unido.
Os resultados preliminares indicam uma vitória esmagadora do Partido Trabalhista, liderado por Keir Starmer, que conquistou ao menos 410 dos 650 assentos no Parlamento. Em contraste, o Partido Conservador elegeu cerca de 120 deputados, marcando uma das piores performances eleitorais na história recente do partido.
Declaração de Despedida
À porta da Downing Street, Sunak expressou suas desculpas ao país e reconheceu a necessidade de mudança no governo: “Ao país, gostaria de dizer, antes de mais nada, que lamento muito. Eu dei tudo de mim nesse trabalho, mas enviaram um sinal claro de que o governo do Reino Unido tem de mudar. E é o único julgamento que importa”.
Sunak também anunciou que deixará a liderança do Partido Conservador assim que um sucessor for escolhido. “Espero que, após 14 anos de governo, haja uma reconstrução do partido, que terá papel fundamental na oposição, de forma eficiente.”
Realizações e Reconstrução
Refletindo sobre seu mandato, Sunak destacou realizações importantes, como a estabilização da economia, a redução das taxas de hipoteca e a reconstrução de relações com aliados globais, especialmente nos esforços para ajudar a Ucrânia. “Acredito que este país está mais seguro, mais forte do que estava há 20 meses atrás. Mais próspero, mais justo, mais resiliente do que em 2010”, afirmou.
Transição de Poder
Keir Starmer, que derrotou Sunak nas eleições, será o novo primeiro-ministro do Reino Unido. Apesar das diferenças políticas, Sunak descreveu Starmer como “um homem decente e de espírito público” e desejou sucesso ao novo premiê.
A Ascensão e Queda de Sunak
Rishi Sunak, de 42 anos, filho de imigrantes indianos e casado com uma bilionária, foi ministro das Finanças durante o mandato de Boris Johnson. Ele se destacou durante a pandemia de Covid-19, implementando programas de auxílio para a população e empresas.
Sunak tornou-se o favorito para liderar o Partido Conservador após a renúncia de Johnson em julho de 2022, mas inicialmente perdeu a disputa para Liz Truss. Porém Truss renunciou após 45 dias no cargo, e Sunak voltou a ser o favorito, ganhando o cargo de líder do partido sem a necessidade de uma nova eleição.
A liderança de Sunak enfrentou desafios significativos, incluindo sua própria multa por violar as regras de lockdown durante a pandemia e a controvérsia em torno das deduções fiscais de sua esposa, Akshata Murty, filha do fundador da empresa de tecnologia indiana Infosys.
A demissão de Rishi Sunak marca o fim de uma era para o Partido Conservador e o início de uma nova fase para o Reino Unido sob a liderança de Keir Starmer. Sunak deixa um legado de esforços para estabilizar a economia e fortalecer as relações internacionais, enquanto o país se prepara para uma nova direção política.
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