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Prisão de pastor revela esquema de exploração sexual infantil

Homem chegava com um papel escrito à mão em que perguntava: "Quer ganhar um dinheiro fácil?"
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- Foto: Metropolis

Um pastor de 50 anos revelou um esquema de prostituição infantil após ser preso em Samambaia, na região administrativa do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, o homem chegava com um papel escrito à mão em que perguntava: “Quer ganhar um dinheiro fácil? Pago R$ 50 na mamada”. A mensagem era entregue para adolescentes que em um local conhecido como ponto de venda de drogas.

Conforme a polícia, a negociações ocorriam no estacionamento da Feira Permanente de Samambaia, sempre no fim de tarde, logo após o horário comercial. Investigadores da 26ª Delegacia de Polícia já haviam recebido informações de que o local era usado como ponto de prostituição por garotos de famílias humildes. Como grande parte da feira está com os boxes fechados, algumas bancas passaram a ser usadas para a prática de sexo após a negociação feita entre os menores e homens que procuram diversão.

Desentendimento

Após o ato sexual, houve um desentendimento entre o garoto e o presbítero e o menor fugiu do local levando o aparelho de telefone do homem e gritando por ajuda. A perícia demonstrou a presença de saliva e sêmen nas vestes íntimas do adolescente, o que, de acordo com a polícia, comprovou o abuso. O religioso foi indiciado pela prática do crime de favorecimento à prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou vulnerável.

Uma equipe de reportagem do Metrópoles passou uma tarde no local e notou a presença de traficantes nas imediações da feira permanente que abastecem os adolescentes. Alguns consumiam as drogas ainda no estacionamento, ao redor do complexo de boxes. O espaço é estratégico para os garotos que fazem programas, pois o mesmo ponto é usado por muitos menores que soltam pipa.

Na tarde em que a reportagem esteve no local, havia pelo menos 30 adolescentes soltando pipa. Segundo o delegado-chefe da 26ª DP, Rodrigo Larizzatti, as investigações envolvendo a prostituição na região prosseguem. “Sabemos que esse caso recente não é isolado. Existem denúncias que apontam a presença de menores fazendo programa e até usando as bancas para fazer sexo”, disse.

Ainda de acordo com Larizzatti, algumas reuniões realizadas na Secretaria de Segurança nas últimas semanas já trataram do tema. “O fato de a feira estar desocupada viabiliza a presença do tráfico e da prostituição. Estamos fazendo um trabalho em conjunto para buscar solução. No que se refere à PCDF, todos os casos que chegam ao nosso conhecimento são apurados”, disse o delegado.

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