Pesquisar
Close this search box.
[views count="1" print="0"]

Professora dá aula para alunos que não têm celular ou internet

A professora ministra suas aulas na calçada, método encontrado pela educadora para enfrentar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Especial Publicitário
professora aulas calçada

Manaus – A pedagoga Marcela Cristina Vicente, de 36 anos, adotou uma nova estratégia para continuar ensinando seus alunos de 7 anos em tempos de pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Eles não têm equipamentos eletrônicos ou internet para acompanhar as aulas online, em São Carlos (SP). Todas às segundas-feiras, ela visita as casas dos estudantes e realiza as atividades de alfabetização na calçada.

A professora foi citada na última sexta-feira (7) durante o discurso do secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, em coletiva de imprensa como um exemplo da dificuldade de acesso ao ensino por todas as crianças durante o período de quarentena.

A suspensão gradual nas aulas de escolas públicas e particulares de São Paulo começou a valer em 16 de março e, desde 23 do mesmo mês, as portas estão fechadas como medida de segurança contra o novo coronavírus. A previsão é que elas retornem em 7 de outubro.

Em São Carlos, até domingo (9), o município havia registrado 1.613 casos, incluindo 27 mortes em decorrência da Covid-19.

Aulas na calçada

Desde o início da quarentena e fechamento das escolas, a professora tenta se adaptar às mudanças e alfabetizar as crianças a distância, sem perder a qualidade do ensino.

No final de maio, Marcela percebeu que alguns alunos continuavam sem participar das aulas por causa da falta de estrutura.

“Eu fiquei me perguntando como eu faria com essas crianças. Então eu perguntei para a minha coordenadora se eu poderia ir até as casas e ela respondeu que era uma decisão minha, por causa dos protocolos, e eu decidi que ia. Então eu perguntei para os responsáveis e eles também deixaram”, contou.
No começo de junho, Marcela começou os atendimentos presenciais, nas calçadas das casas de pelo menos oito alunos que estavam com dificuldade. Segundo ela, as aulas são feitas fora das casas e de máscaras para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Além de ir até as casas, a professora Marcela procurou os responsáveis, tios e primos das crianças que estavam com dificuldade para pedir ajuda durante as atividades e intermediou doações de equipamentos.

“Eles estão na fase de alfabetização, que é um trabalho que tem que ser bem direcionado e o online deixou tudo muito difícil. A escola fica em um bairro periférico, então eles são muito carentes e não só de condições financeiras, mas de tudo”, contou.

Por G1
Foto: Arquivo pessoal

Leia também: Saiba como vai funcionar o retorno dos Centros de Convivência da Família e do Idoso em Manaus

Tags:
Compartilhar Post:
Especial Publicitário