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Protegendo crianças de abusos sexuais dentro da família: orientações e prevenção

É vital que pais, educadores estejam equipados com conhecimentos e ferramentas para proteger as crianças
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(Foto: Reprodução/Pixabay/ @Counselling)

Manaus (AM) – A proteção de crianças contra abusos sexuais, especialmente dentro do ambiente familiar, é uma questão crucial e delicada que exige atenção e ação de todos os envolvidos na criação e cuidado dos pequenos. Infelizmente, os abusos perpetrados por familiares são mais comuns do que se imagina, tornando-se ainda mais vital que pais, educadores e profissionais da saúde mental estejam equipados com conhecimentos e ferramentas para proteger as crianças.

Segundo o livro “The Courage to Heal” de Ellen Bass e Laura Davis, “a maioria dos abusos sexuais contra crianças ocorre dentro da família, por pessoas em quem a criança confia”. Esta realidade assustadora destaca a necessidade de conscientização e medidas preventivas no âmbito doméstico.

(Foto: Divulgação)

Medidas Preventivas

1. Educação Sexual Precoce

No livro “Protecting the Gift: Keeping Children and Teenagers Safe (and Parents Sane)” de Gavin de Becker, é enfatizado que “a educação sexual apropriada à idade é uma das ferramentas mais eficazes na prevenção do abuso”. Ensinar as crianças sobre seus corpos, incluindo o conceito de consentimento e limites, pode capacitá-las a reconhecer situações inadequadas e buscar ajuda.

(Foto: Divulgação)
2. Comunicação Aberta

Manter uma comunicação aberta e de confiança com as crianças é fundamental. É essencial que as crianças saibam que podem falar sobre qualquer assunto com os pais ou cuidadores, sem medo de repreensão ou julgamento. Isso cria um ambiente seguro para que elas relatem qualquer situação desconfortável.

3. Supervisão e Envolvimento

Pais e responsáveis devem estar atentos às interações que ocorrem dentro de casa. Conhecer os amigos e os familiares que passam tempo com as crianças, e estar presente o máximo possível nas atividades diárias, pode ajudar a prevenir situações de risco.

4. Capacitação de Cuidadores

Profissionais e cuidadores devem ser treinados para identificar sinais de abuso e saber como agir. Programas de formação e workshops podem ser extremamente úteis. A formação contínua para pais e cuidadores é crucial para manter um ambiente seguro para as crianças.

O Papel das Instituições

Escolas, igrejas e outras instituições que lidam com crianças devem implementar políticas rigorosas de proteção infantil. “As instituições precisam ter uma postura proativa, com políticas claras de prevenção e resposta a abusos, além de treinamentos regulares para seus funcionários.

Caso Recente

Um homem de 35 anos, foi preso nesta quinta-feira (6), por estupro de vulnerável contra a própria filha, de 12 anos. A prisão ocorreu no município de Tabatinga.

Conforme a delegada Maria Beatriz Andrade, da Delegacia Especializada de Polícia (DEP), as diligências se iniciaram quando a vítima foi à delegacia, com a sua mãe, denunciar os abusos. Ela disse que a última vez que o crime ocorreu, foi em dezembro de 2023.

“A adolescente disse que era abusada sexualmente pelo homem desde os 7 anos, e ele se aproveitava de ocasiões em que ela estivesse sozinha na residência, ou entrava em seu quarto no período da madrugada, para praticar o crime”, contou.

Segundo a delegada, o indivíduo ainda ameaçava a vítima e a mãe dela de morte, caso ela contasse para outros familiares sobre o que ele fazia.

Combate ao Abuso Sexual Infantil

A delegada Joyce Coelho que passou anos na titularidade da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), responsável no combate ao abuso sexual infatil, reforçou em várias oportunidades a necessidade de um enfrentamento contínuo. Ela sempre destacou que a demanda por denúncias tem aumentado, o que, apesar de ser um sinal positivo de conscientização, também revela a gravidade e a extensão do problema.

(Foto: Junio Matos/Jornal Acrítica)

Coelho afirmou que é responsabilidade de todos encorajar as vítimas a denunciarem, pois cada denúncia é um passo crucial para a proteção e recuperação das crianças afetadas​

“Nós recebemos crianças que relatam que ouviram palestras sobre abuso sexual e se sentiram encorajadas para falar, esse relato muitas vezes estava entalado na garganta daquele jovem e por um ato nosso, ela resolveu falar. Cada um em seu espaço de luta é responsável por encorajar uma vítima e quando ela faz denuncia, a vida de todo mundo melhora”, disse a delegada em um seminário em 2022 com o tema: ‘Violência sexual contra crianças e adolescentes, o cuidado existe?’, na Assembleia Legislativa do Estado.

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