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Proxalutamida: No Amazonas, medicamento testado reduziu em 92% a mortalidade por Covid-19, mostra estudo

Um estudo desenvolvido no Amazonas com proxalutamida apresentou resultados promissores no tratamento da Covid-19 e reduziu em 92% a taxa de mortalidade
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Proxalutamida: No Amazonas, medicamento testado reduziu em 92% a mortalidade por Covid-19, mostra estudo
Proxalutamida: No Amazonas, medicamento testado reduziu em 92% a mortalidade por Covid-19, mostra estudo

Um estudo desenvolvido no Amazonas com proxalutamida apresentou resultados promissores no tratamento da Covid-19 e reduziu em 92% a taxa de mortalidade entre os pacientes que receberam o medicamento.

Veja dados na live da Samel:

As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (11) pelo Grupo Samel, que está conduzindo os trabalhos junto ao dermatologista e pesquisador americano Andy Goren e aos médicos Flávio Cadegiane (endocrinologista) e Ricardo Zimerman (infectologista).

Participaram da pesquisa pacientes hospitalizados, que tinham idade acima de 18 anos e apresentassem baixa saturação de oxigênio em ar ambiente — ou seja,  precisaram obrigatoriamente de oxigênio (de preferência em alto fluxo).

Esses pacientes também estavam com pelo menos 25% a 50% dos pulmões acometidos e o requisito era que não possuíssem disfunções importantes no fígado e rins.

No grupo que tomou o placebo — 294 pacientes — houve o registro de 141 mortes, o equivalente a 47,6%. Já no grupo que tomou a proxalutamida  —296 pacientes — foram registradas 12 mortes, apenas 3,7% do total de pacientes.

A conclusão é que a medicação reduziu em 92,2% a mortalidade de pessoas contaminadas. Observou-se ainda redução no tempo de internação entre os dois grupos de pacientes, além de redução significativa da necessidade de intubação dos pacientes.

Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (10) pelo Grupo Samel, que está à frente do estudo. Em coletiva de imprensa, os pesquisadores explicaram que a pesquisa foi feita com 600 pacientes de nove hospitais de Manaus e no interior do Amazonas. Parte deles recebeu a proxalutamuda, e outra parte recebeu placebo.

Resultado inesperado

O estudo com a proxalutamida também está sendo feito em outros países e foi aprovado pelo Governo Federal através do Comitê Geral de Pesquisa. Os testes começaram em 9 de fevereiro.

De acordo com o dermatologista Andy Goren, a partir de uma pesquisa dermatológica descobriu-se que o androgênio — hormônio — tinha ligação com a Covid-19, já que o Sars-Cov-2 só consegue entrar nas células através dos hormônios. A proxalutamida age como um bloqueador do androgênio, impedindo o coronavírus de se espalhar pelas células humanas.

Flávio Cadegiane, endocrinologista e um dos principais médicos que participaram da pesquisa, disse que o resultado foi uma surpresa.

“Na dúvida, a gente jogava uma ação antidroga, ou seja, a gente fazia de tudo para a droga não funcionar na nossa análise. A gente não esperava esse resultado. Eu confesso que podia esperar algum resultado, mas não esse resultado como pesquisador”, disse.

Sobre os efeitos adversos, o medicamento não apresentou quadros de insuficiência renal ou outros efeitos adversos graves. Os efeitos colaterais registrados, em porcentagem, foram:

  • Aumento da fome (25%)
  • Diarreia (15%)
  • Cansaço — que também pode ser atribuído aos sintomas da própria Covid (8%)
  • Aumento da libido (7%)
  • Irritabilidade (3%)
  • Ereção prolongada (2% dos homens)

“A proxalutamida reduziu dramaticamente o número de mortes, reduziu substancialmente o tempo de internação hospitalar, inibiu a progressão da Covid e parece atuar nos  principais mecanismos da doença”, explicou o médico.

“A droga se mostrou eficaz mesmo em lugares de menores condições de suporte e maquinários. Ou seja, não é uma medicação que precisa ter um grande centro, ou de temperaturas ideal para poder prescrever. É uma medicação que mesmo em condições adversas, ela atua. A redução da mortalidade foi muito próxima em todas as cidades testadas”, acrescentou Cadegiane.

O médico também lembrou que anúncios de resultados de testes de medicamentos antes que sejam submetidos à publicações cientificas são comuns, assim como no caso das vacinas.

Com informações via Terça Livre (Bruna de Pieri)/ Live Samel
Foto: Divulgação

Leia também: Biden diz que todo adulto poderá ser vacinado nos EUA a partir de 1º de maio

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