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Rafael Fernandez diz que escapou da morte na Venezuela

Rafael tentou entrar na Venezuela, mas não conseguiu. Ele pagou R$ 1 mil para voltar à Pacaraima, caso contrário, iria ser morto por venezuelanos.
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rafael morto venezuelanos

Foto: Divulgação

O delegado Paulo Martins, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), informou na noite deste sábado (16) que o analista judiciário, Rafael Fernandez Rodrigues, 31, pagou um grupo de venezuelanos para não ser morto.

Rafael é acusado de matar a ex-namorada e Miss Manicoré, Kimberly Karen Mota, 22, com golpes de faca em seu apartamento. Ele foi apresentado na sede da unidade policial, localizada na avenida Autaz Mirim, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.

Segundo Paulo, o rapaz fugiu em direção à Venezuela após a execução do crime, ele ficou sem rumo e não sabia quais decisões tomar.

“O Rafael ficou atordoado e sabia para onde fugir, ele ligou para o pai e contou sobre o que aconteceu. Foi orientado a se entregar, mas não obedeceu. Ele trocou de roupa, pegou o carro e seguiu em direção à Venezuela”, contou.

Na madrugada da última segunda-feira (11) ele passou pela barreira e acabou errando e seguiu em direção à rodovia AM-010, mas logo em seguida recebeu orientações de um caminhoneiro que passava no local. Antes de seguir viagem, Rafael se livrou do celular de Kimberly na estrada.

Acidente

Rafael pegou a BR-174 e seguiu em direção à Boa Vista (RR), ele chegou a ser identificado, mas seguiu o trajeto.

O rapaz estava em um veículo modelo Audi A3 de cor branca, mas durante o caminho sofreu acidente. Ele estava em alta velocidade, perdeu o controle do carro e capotou na região de Caracaí. Paulo Martins informou que Rafael “sofreu lesões mínimas”.

Pagamento

Ao chegar em Pacaraima, Rafael tentou entrar na fronteira do país vizinho, mas devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a barreira encontra-se fechada no momento. Ele pediu refúgio dois venezuelanos que moram nas imediações.

Ele foi reconhecido por outras pessoas e tentaram matá-lo, o delegado disse que ele pagou uma quantia de R$ 1 mil para não ser morto.

“Passou dois dias escondido na casa desses venezuelanos, ele teve ajuda de outra pessoa para tentar passar a fronteira, mas não conseguiu. O Rafael nos contou que quase foi morto e precisou pagar uma quantia de R$ 1 mil para voltar à Pacaraima, caso contrário, os venezuelanos iriam matá-los”, conta.

Fuga

Rafael contou em seu depoimento que ele não tinha intenção de fugir para a Espanha, mas ele afirmou que a ideia era fugir do Brasil e se abrigar na Venezuela.

“Nas palavras dele, o país está uma bagunça e lá seria mais fácil de morar depois que cometeu o homicídio no Brasil. Como ele não conseguiu, precisou voltar para Pacaraima, nesse momento que efetuamos a prisão”, explicou.

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Chegada de Rafael Fernandez na DEHS. Foto: Reprodução/Portal Tucumã

Paulo Martins agradeceu o apoio da Polícia Civil de Roraima (PC-RR) e disse que foi montada uma força-tarefa para capturar o Rafael.

Arrependimento

Em Boa Vista, o rapaz confessou que matou Kimberly Mota enquanto ela dormia. Rafael abriu o WhatsApp da jovem e encontrou possíveis trocas de mensagens com outros homens.

Dominado pela raiva, ele pegou uma faca, escondeu, e no momento de distração, efetuou os golpes contra Kimberly.

Paulo Martins revelou que fez uma interrogatório com ele durante a viagem, no qual afirmou estar arrependido de matar Kimberly Mota. “Segundo ele, está muito arrependido, foi um momento de raiva e agiu sem pensar. Mas o fato que ele vai responder pelo crime que cometeu”, conta.

O delegado disse que Rafael já ficou sabendo que o pai cometeu suicídio, mas não estão tocando muito sobre a situação. “Ele (Rafael) ficou muito triste e está se poupando, se sente culpado. A gente não entrou em mais detalhes”, conta.

Por João Paulo Castro com informações de Vanessa Oliveira

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