A hashtag #sosyanomami foi levantada, nesta segunda-feira (10/5), nas redes sociais. A iniciativa surge após um ataque de garimpeiros que atuam na terra indígena yanomami. A página Rede Pró-Yanomami e Ye’kwana revelou que o povo indígena foi alvo de homens armados.
Garimpeiros na floresta!
— Rede Pró-Yanomami e Ye'kwana (@RedeProYY) May 10, 2021
Os Yanomami estão sofrendo AGORA MESMO com ataques armados de garimpeiros! Não queremos que um novo genocídio se repita, nos ajude a divulgar e denunciar essa situação compartilhando. #SOSYANOMAMI
Um ofício divulgado pela mesma página afirma que garimpeiros portando armas de fogo chegaram em barcos e atiraram contra indígenas da comunidade de Palimiú, em Roraima. As informações ainda apontam que cinco pessoas ficaram feridas, sendo quatro garimpeiros e um indígena.
Tudo teria acontecido às 11h desta segunda. Com a ação, também foi solicitada a retirada da equipe de saúde da terra indígena “para resguardar a integridade física dos servidores”.
Após os ataques, os indígenas se esconderam na mata, “uma vez que os garimpeiros disseram que iriam voltar”.
O ofício ainda diz que a Funai informou que não irá ao local, “por conta da gravidade dos fatos e do perigo iminente”.
Garimpeiros na floresta!
— Rede Pró-Yanomami e Ye'kwana (@RedeProYY) May 10, 2021
Os Yanomami estão sofrendo AGORA MESMO com ataques armados de garimpeiros! Não queremos que um novo genocídio se repita, nos ajude a divulgar e denunciar essa situação compartilhando. pic.twitter.com/KgFvV5ph3k
Já o Ministério Público de Roraima informou ao Metrópoles que recebeu outro ofício, assinado pela Hutukara Associação Yanomami, e diz que na manhã desta segunda recebeu “a notícia telefônica via Palimiú sobre tiroteio na comunidade. O conflito teria durado cerca de meia hora e quatro garimpeiros foram baleados e um indígena foi atingido de raspão”.
O ofício ainda diz que as embarcações dos garimpeiros saíram para a proximidade e ameaçaram voltar para vingança.
O Ministério Público de Roraima ainda disse já está ciente sobre o possível conflito. E aguarda informações oficiais dos agentes de campo para adotar as medidas cabíveis, dentro dos procedimentos já existentes sobre garimpo ilegal e terras indígenas.