Manaus (AM) – Ocimar Prado Junior, também conhecido como “Coquinho”, é apontado como conselheiro da facção criminosa do Comando Vermelho (CV), no Amazonas. Conforme a ficha criminal, ele foi preso em 2019 e reincidente em 2021, na operação “Nômade” da Polícia Federal, que tinha como objetivo investigar fatos relacionados a possíveis práticas de crimes, como pertencimento à organização criminosa e tráfico de drogas.
Conforme apuração do Portal Tucumã, Ocimar Prado Júnior é natural de Manaus, ex-residente do bairro Santa Luzia e é suspeito de crimes como Homicídio qualificado e Constituição de Milícia Privada, tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Federal (PF), “Coquinho” possui um patrimônio que chega perto de R$ 4 milhões de reais, sendo considerado um dos “chefões” de facção com alto nível de periculosidade, a nível nacional. Ainda conforme investigações da PF, ele é apontado como o mandante de vários homicídios praticados no Amazonas e já transitou como chefe em outras em outras facções como a extinta Família do Norte (FDN).
Em 2022, a Desembargadora Mirza Telma, do Tribunal do Amazonas, negou o pedido de Habeas Corpus do réu para que ele permanecesse na Penitenciária Laércio Pellegrino (Bangú I), porém ele foi custodiado para o presídio de segurança máxima, situado em Campo Grande. Passado uns meses no mesmo ano, o acusado conseguiu uma liminar de soltura provisoriamente, e nunca mais foi visto.
Em 2023, “Coquinho” foi capturado novamente, através da Polícia de Assunção, no Paraguai, em 13 de março. No momento da prisão, foi encontrado com ele cerca de US$ 82 mil dólares em espécie, que seria usado na compra de um apartamento no Paraguai, de onde comandaria o transporte de entorpecentes e assassinato de rivais no crime para conquista de local.
Crimes onde foram deixados bilhetes:
1 caso
Um homem identificado até o momento apenas como Daniel foi encontrado morto na terça-feira (11), na rua Chuva Branca, Travessa São Lucas, bairro Ouro Verde, Zona Leste de Manaus.
Segundo as informações preliminares repassadas pela polícia, os moradores encontraram o corpo após ouvirem disparos de arma de fogo. Ao saírem para a rua, perceberam a vítima com os braços amarrados para trás e em cima de Daniel havia um recado: ”Morri porque sou pessoal do coquinho”.
2 – caso
Partes de um corpo esquartejado foram encontradas na manhã de sábado (15) dentro de um saco, no bairro Santa Luzia, zona Sul de Manaus. Moradores relataram que passavam pela rua quando avistaram um saco de fibra branco que continha a cabeça e uma das mãos da vítima. Ao lado da cabeça foi deixado um bilhete que dizia “morri porque eu era informante do Coquinho 3CU”. A vítima também estava sem o nariz.
3 – caso
Otávio Miranda de Lima, 21, foi executado a tiros no fim da tarde desta quinta-feira (20), no Beco São Luiz, que fica na Rua General Carneiro, bairro São Francisco, zona Sul de Manaus. Um bilhete foi deixado ao lado do corpo falando o motivo da morte. De acordo com os policiais militares da 1ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), a vítima estava sentada na calçada quando foi surpreendida pelos criminosos, que atiraram pelo menos dez vezes.
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Um jovem identificado como Otávio Miranda de Lima, de 21 anos, foi morto a tiros na tarde desta quinta-feira (20), na rua General Carneiro, no beco São Luiz, bairro São Francisco, zona Sul de Manaus. Ao lado do corpo do jovem, foi deixado um bilhete pelos criminosos.
Segundo informações repassadas pelos policiais militares 1ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), o pai da vítima relatou que estava em casa quando ouviu os disparos e quando encontrou o filho no chão da calçada de sua residência, ao lado de um bilhete.
“Morri porque sou olheiro…vejo vocês no inferno”, diza trechos do recado deixado pela facção criminosa.
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