Em resposta à Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu ter participado de reunião com madeireiros da Amazônia, após a operação que resultou na maior apreensão da história, à pedido do ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
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Salles é alvo de inquérito autorizado nessa quarta-feira (2/6) pela ministra Carmén Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério Público busca apurar se o ministro dificultou as investigações sobre a apreensão de madeira, como afirmou o então superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, em notícia-crime. O ministro nega a acusação.
Nos esclarecimentos aos procuradores, ele afirmou que o governo buscava uma solução política para a demanda dos madeireiros e confirmou ter se encontrado em pelo menos duas oportunidades com os empresários do ramo. As informações são do jornal O Globo.
De acordo com a publicação, em um dos encontros, os empresários com negócios no estado do Pará afirmaram que parte da produção teria sido retida por ordem de um delegado da PF. A reunião teria contado com a participação de parlamentares de Santa Catarina (SC).
A segunda oportunidade ocorreu, conforme Salles, por intermédio do senador Telmário Mota (Pros-RR). Ele relatou ao ministro uma situação parecida, desta vez, envolvendo produtores de Roraima. O chefe do Meio Ambiente teria sido procurado pelo Ministério da Justiça e pela Casa Civil para discutir o mesmo assunto.
O planejamento inicial previa que o ministro se deslocasse até Roraima para averiguar o ocorrido. No entanto, Ramos o teria procurado para organizar uma reunião interministerial, em que definiu-se a realização de uma viagem à Amazônia para apuração das denúncias.