MANAUS (AM) – “A gente não tinha nada em casa para comer”, afirmou a desempregada Igeneane Simões, 28, enquanto alimentava os dois filhos na inauguração da 44ª unidade do restaurante popular Prato Cheio, nesta sexta-feira (25), em Santa Isabel do Rio Negro (a 630 quilômetros de Manaus). Este é o 44º restaurante inaugurado pelo Governo do Amazonas.
Um dos municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Amazonas, Santa Isabel do Rio Negro ganhou a unidade do programa de combate à fome, que possui capacidade para alimentar mais de 400 pessoas por dia, com apenas R$ 1. Idealizado pelo governador Wilson Lima, o programa está em expansão no estado, com investimentos de mais de R$ 20 milhões.
Com atendimento de segunda à sábado, das 11h às 13h, a nova unidade do Prato Cheio está localizada no centro do município. O novo espaço está gerando oito vagas de trabalho com a presença de um cozinheiro, um supervisor de cozinha, dois auxiliares de cozinha, um operador de serviços gerais, um supervisor de atendimento e dois atendentes.
Igeneane desembolsou R$ 2 e alimentou os dois filhos, o que antes era uma enorme preocupação para a mãe desempregada.
“Nossa família é eu, minha mãe, meu pai e meus filhos. Agora não tem ninguém trabalhando na minha casa. Esse restaurante é uma grande ajuda. Tem vezes que a gente não tem dinheiro para comprar comida e com um real dá para vir aqui e alimentar praticamente toda família”, disse.
Moradora da comunidade ilha, Cristina Dias, 30, pegou carona em uma rabeta para vir almoçar no Prato Cheio com o filho, Vitor, de apenas 5 anos. A comunidade fica a cinco minutos da sede de Santa Isabel.
“Ali pela beira a gente compra uma quentinha de 15 reais. Agora, a gente vem aqui e por um real a gente pode alimentar os nossos filhos. Eu venho ali do outro lado do rio”, relatou.
Com a expansão do Prato Cheio, o Governo do Amazonas espalhou unidades do restaurante popular por 18 localidades da capital. No interior, é a primeira vez que um programa desse tipo é implantado no estado. Em menos de um ano, as unidades de alimentação popular chegaram em 26 municípios amazonenses.
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