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Sem insumos, produção de vacinas contra Covid está ameaçada, diz Butantan

Entrega da Coronavac e AstraZeneca em junho corre risco, segundo instituto. Ataques à China estariam atrasando remessas de matéria-prima
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A vacinação dos brasileiros contra a Covid-19 poderá sofrer impacto a partir de junho se o governo chinês não liberar a importação de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para as vacinas Coronavac, do Instituto Butantan, e da AstraZeneca, produzida pela Fiocruz. A avaliação é do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Nesta segunda-feira (10), ele o governador de São Paulo, João Doria (PSDB, culparam os ataques do governo brasileiro à China como entrave à liberação de importação dos insumos.

O IFA para a Coronavac, enviado pelo laboratório Sinovac, está pronto para ser despachado, mas por questões aduaneiras o material está parado no país asiático. De acordo com Doria, existem 10 mil litros de insumos prontos na Sinovac aguardando autorização do governo chinês para embarque.

“E cada vez que manifestações são feitas aqui de forma desagradável em relação à China, isso cria dificuldades, claramente, para autorização do governo chinês para o embarque desses insumos para o Brasil.”

O envase de novas doses no Butantan também está parado desde quinta-feira (6). Para maio, o diretor do Butantan diz que ainda há doses suficientes.

“A partir daí não teremos mais vacina porque não recebemos o IFA para que isso possa ser processado. Situação parecida com essa também é enfrentada pela Fiocruz, que não teve seu IFA liberado. Preocupa para o cronograma de vacinação, não neste momento, mas a partir de junho, que poderá sofrer algum impacto”, disse.

Segundo ele, “é muito claro que há uma limitação determinada pelo governo da China dadas as circunstâncias das constantes manifestações inadequadas e absolutamente inoportunas do governo brasileiro através das suas autoridades”.

Nesta segunda, o instituto entregou 2 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde. Duas novas remessas serão feitas até o final desta semana. O total de vacinas oferecidas por São Paulo ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) chega a 45 milhões de unidades desde o início das entregas, em 17 de janeiro.

Metrópoles

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