O senador Plínio Valério (PSDB-AM) se manifestou favorável à abertura de processo de impeachment contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
O pedido feito ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), foi anunciado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Valério analisa a intenção de Bolsonaro pelo fato de estar acuado politicamente e, por isso, está buscando meios legais para se defender.
“Eu acho que o presidente está na dele e me parece que o pedido, juridicamente, não é ilegal, ele pode pedir (o impeachment dos ministros do Supremo).
O senador amazonense afirma que o Senado é a única instituição que pode fazer alguma coisa com o STF, “com os desmandos e com o que a gente está errado”
“Somente o Senado e mais ninguém pode fazer alguma coisa. O presidente da República está na dele, como o presidente Senado estará na posição de dar sequência ao pedido ou não”, reitera o parlamentar.
Posição de voto
Quanto ao voto pelo impeachment de ministros do STF, Plínio Valério lembra já existe um pedido do senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), pelo impeachment do ministro Gilmar Mendes.
“Nesse momento, como tudo está politizado, tenho a preocupação de dar minha opinião e ser colado do lado do Bolsonaro, como bolsonarista. Hoje, quem quer punir o Supremo é bolsonarista, quem quer o voto impresso é bolsonarista, mas desde março de 2019 que eu falo isso: é preciso fazer alguma coisa com relação ao Supremo porque começou a legislar, depois quer governar”, declarou o tucano.
Judiciário extrapola funções
Ainda para justificar seu posicionamento, Plínio Valério afirma também que o STF decide hoje até a quantidade de vacina que vai para os municípios.
“O Judiciário, então, está extrapolando e eu já venho dizendo isso, mas agora vai parecer coisa de bolsonarista e eu, repito, não sou bolsonarista. Portanto, eu espero que chegue o pedido de impeachment, o presidente do Senado leve adiante e a gente vai analisar. Mas, que é preciso, sim, fazer alguma coisa em relação a alguns ministros. Não sei se nos termos que o presidente da República quer. Acho que o Supremo, faz muito tempo, que está precisando colocar um freio”, argumenta.