Brasil – Uma investigação realizada pela Polícia Civil evidenciou que Eliane Lopes de Amorim, de 30 anos, integrava uma quadrilha que aplicou golpe em uma juíza do Rio de Janeiro, resultando em um prejuízo de R$ 49 mil. Eliane foi presa em flagrante em uma casa de luxo em Igaratá, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (21).
A mulher já respondia pelo sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca, cometido em Itaquaquecetuba (SP), em dezembro do ano passado, e estava em prisão domiciliar. O benefício foi concedido pela Justiça do estado porque ela é mãe de crianças menores de 12 anos, que dependem total e exclusivamente dela.
Eliane e outros 11 suspeitos, na nova prisão, foram detidos ao participar de uma “central de golpes”, aplicados por ligações telefônicas e pela internet. Durante a ação policial, também foram apreendidos 18 celulares, 12 notebooks e três veículos, sendo um modelo Honda HR-V Advance, um Hyundai HB20 e um Volkswagen Golf.
A sofisticada estrutura dos criminosos foi instalada em uma casa alugada para temporadas, em um condomínio de alto padrão, localizado à beira da Represa de Igaratá.
Juíza é vítima de golpe da quadrilha
Em maio às buscas, a polícia encontrou uma planilha com “inúmeros nomes”, alguns deles marcados em cor vermelha. De acordo com a investigação, o foco do grupo eram clientes idosas de um banco específico.
Os policiais civis responsáveis pela investigação afirmam que apenas um nome estava marcado em verde. Tratava-se de uma juíza de 76 anos que atua no estado do Rio de Janeiro.
Ao entrarem em contato com a vítima, as autoridades constaram que ela “demonstrou estar extremamente abalada”. Segundo a magistrada, os criminosos usaram um número desconhecido para ligar para ela e se passar pela gerente da sua agência bancária.
Se passando pela funcionária do banco, com o uso do nome correto dela, os criminosos conseguiram induzir a vítima a “realizar alguns comandos”. A quadrilha fez a idosa desinstalar o aplicativo do banco e o WhatsApp. Os golpistas conseguiram roubar R$ 49 mil.
Prisão da quadrilha
A vizinhança suspeitou da movimentação no imóvel. Segundo a investigação, os criminosos, que haviam chegado com diversos computadores e fones de ouvido, passaram dias sem sair da casa.
Uma equipeda polícia atendeu a ocorrência e fez uma batida no local. Cinco suspeitos, que estavam na sala, não ofereceram resistência e se entregaram: Felipe Felício de Almeida, de 28 anos; Isabella Almeida da Silva, 25; Igor Daniel da Paixão, 22; Letícia Alves de Souza, 23, e Letícia Rocha Rosa, 22.
Porém, outros cinco saíram pelos fundos da casa, pularam o muro, em uma tentativa de fuga, e foram pegos pouco depois. Como a casa fica em cima de um morro, marcado por geografia sinuosa e muita vegetação, os suspeitos acabaram se machucando ao descer o barranco em disparada.
Esses presos são Douglas Florentino dos Santos Carvalho, de 33 anos; Lucas Custódio Matos, 25; Samara Souza Rocha, 25; Juan da Silva Perez, 26, além de Eliane, que fraturou duas costelas na tentativa de fuga.
À polícia, os presos apontaram Leoni Alberto Santos Lellis, de 29 anos, como líder do esquema. Ele foi localizado por moradores do condomínio quando estava embrenhando na mata. Na hora da prisão, ele estava molhado, descalço e com escoriações.
Bianca Clara da Silva, de 25 anos, tentou fugir a nado pela represa, mas também acabou capturada. Ela tinha um corte na mão.
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