Os advogados de um soldado que está processando diversos meios de comunicação por difamação alegaram que existem centenas de fotos mostrando soldados australianos bebendo de uma perna protética supostamente tirada de um afegão morto, publicou o site RTNews.
Várias fotos de soldados australianos bebendo álcool do membro artificial foram publicadas em dezembro e se tornaram exibições gráficas de alegada má conduta por tropas australianas estacionadas no Afeganistão. No entanto, agora parece que o ritual macabro de bebida, que supostamente ocorreu em um bar subterrâneo localizado em uma base militar australiana no Afeganistão, era muito mais difundido do que se conhecia anteriormente.
Um dos soldados ligados à história, Ben Roberts-Smith, está processando três veículos australianos – the Age, Sydney Morning Herald e Canberra Times – por difamação sobre relatórios de 2018 que detalham supostos crimes de guerra dos quais ele participou. De acordo com os relatórios contestados, a perna foi “lembrada” de um civil afegão que foi baleado e morto por Ben Roberts-Smith em 2009.
Os advogados do soldado alegaram que o membro pertencia a um lutador do Taleban e que Roberts-Smith não atirou nele. Além disso, Roberts-Smith nunca bebeu da perna protética e achou a ideia de levar a parte falsa do corpo como um souvenir “nojenta”, afirma sua queixa.
Mas com o caso marcado para começar na próxima semana, os advogados de Roberts-Smith disseram ao tribunal federal que estão lutando para cumprir o prazo para discriminar todas as fotos incluídas como prova.
“Não podemos fazer isso por centenas de imagens de soldados bebendo na perna – é muito oneroso, é muito longo”, disse Matthew Richardson, um dos advogados, ao tribunal em uma audiência preliminar, conforme citado pela mídia.
Segundo relatos, o membro artificial se tornou um cobiçado troféu dos soldados australianos. Ele teria sido montado em uma placa de madeira, ao lado de uma Cruz de Ferro – uma decoração militar usada na Alemanha imperial e nazista. A exibição foi supostamente legendada com “Das Boot”.
A publicação de várias das fotografias potencialmente incriminatórias em dezembro seguiu-se à conclusão de uma investigação de quatro anos que encontrou “evidências confiáveis” de crimes de guerra cometidos por tropas de elite australianas no Afeganistão. Os militares australianos desde então se desculparam com Cabul “por qualquer irregularidade dos soldados australianos”.
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