A modelo Diana Geniath, de 27 anos descobriu que é filha biológica do padrasto. Ela contou ao G1 que desde a infância sempre chamou o homem de padrasto que mora com a mãe dela em Tocantins. Já a modelo mora em João Pessoa, na Paraíba.
Segundo Diana, tudo começou quando a mãe dela o homem que ela achava que era o pai biológico dela tinham crises conjugais e com frequência se separavam. A modelo revela que a mãe vivia em uma relação abusiva, mas à época, a sociedade não dava muito atenção aos direitos das mulheres.
Em uma dessas idas e vindas, a mãe de Diana se envolveu com um motorista, mas logo voltou para o marido. ela não sabia, mas nessa ida, ela ficou grávida de Diana. Após mais brigas, o casal chegou a um fim definitivo. Mas a mãe de Diana estava grávida e tinha certeza de que a filha era do homem com quem fora casada por vários anos.
Separada, ela reencontrou o motorista e eles começaram um relacionamento. Ele, então, aceitou cuidar da filha que acreditava ser do ex-marido da atual esposa, e assim foi por 27 anos sem saber que ela era sua filha biológica.
Sonho revelador
Uma noite, Diana teve um sonho que a deixou intrigada. Ela alega que o sonho foi, na verdade, um aviso. “Uma mulher me contava que eu não era filha biológica do meu pai, e sim de uma experiência alienígena”, conta ela achando graça.
A modelo contou a história a mãe e ao, então, padrasto e enquanto a mãe ria, o padrasto perguntou: “e se o alienígena for eu?”. A dúvida, então, passou a rondar Diana dia e noite, e ela resolveu fazer um teste de DNA. Foi então que após um exame de DNA, ela descobriu que era 99,9% compatível geneticamente com o homem que tinha como marido de sua mãe.
“Meu mundo caiu, tudo passou a fazer sentido, nossas semelhanças que a gente ignorava”, disse Diana. Mas nem tudo foi tranquilo na descoberta. Diana contou que até os 4 anos de idade era muito próxima do padrasto, até que sua irmã nasceu. Irmã essa que seria a primeira biológica dele. A partir dali tudo mudou.
A modelo diz que tiveram infância e adolescência totalmente diferentes, escolas distintas, viagens que ela não teve, histórias que ela não viveu.
Isso porque a irmã era considerada filha legítima pela família do homem que a considerava enteada. Ela se sentia preterida, e não tinha uma relação tão próxima com o ex-marido da mãe, que acreditava ser seu verdadeiro pai.
Após a descoberta ela passou por momentos difíceis até a aceitação, precisou de terapia. “Senti muita raiva, nem pela questão material apenas, mas por não ter me sentido pertencida a vida inteira. Senti muita tristeza”, desabafou Diana.
A mãe lhe pediu perdão pela confusão, mas a modelo sempre a entendeu. Acredita que a falta de educação sexual da época fez a mãe não achar que poderia ter engravidado de alguém que não fosse o marido.
Tudo aconteceu em agosto deste ano, depois do processo de aceitação Diana se reuniu com a mãe e o, agora, pai biológico. Também viajou até Brasília para conhecer a família do novo pai, com quem tinha tido pouquíssimo contato.
Estava emocionada por conhecer minha avó, fui muito bem recebida e me senti amada. Sinto que foi uma página importante, agora conheço de onde vim, me sinto pertencente”, afirma.
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