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Sorva: a fruta que salvou irmãos perdidos na Floresta Amazônica; veja relato

Os dois irmãos sobreviveram comendo uma fruta típica da Floresta Amazônica chamada sorva
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Irmãos perdidos se alimentaram de sorva. Foto: Reprodução

AMAZONAS (AM) – A agricultora Rosinete da Silva Carvalho, mãe dos irmãos Glauco e Gleison, de 6 e 8 anos, contou que, durante os 26 dias perdidos na Floresta Amazônica na região de Manicoré, os dois sobreviveram comendo uma fruta típica chamada sorva.

“Eu perguntei ‘meu filho vocês não comeram nada?’ Ele me disse: ‘a gente comeu sorva, mãe’. Os meninos sempre comiam sorva porque meu filho mais velho pegava quando ia caçar e sempre que via trazia uma saca pra eles. Então eram acostumados com a sorva”, relatou a mãe para a imprensa local.

SORVA

Sorva. Foto: Reprodução

A sorva (Couma utilis (Mart.) Muell. Arg., Apocynaceae) é uma espécie amazônica de valor econômico, tanto como produtora de látex não elástico como de fruto comestível.

Além de ser conhecida como Sorva, também é chamda por sorva-pequena, sorvilha, cumã, cumai, saruvina, gaimaro-macho.

O fruto é bastante cultivada na região Norte, onde é muito popular entre as famílias ribeirinhas, além de ser utilizada pelos indígenas para alívio de várias enfermidades.

Ela possui variadas propriedades terapêuticas tais como antidiarreica, adstringente, anti-helmíntica, energética e rica em vitamina C.

Irmãos localizados com alto grau de desnutrição

Os irmãos perdidos na Floresta Amazônica relataram para mãe que sobreviveram comendo sorva. Eles se perderam no dia 18 de fevereiro foram localizadas na terça-feira (15), em estado grave de desnutrição, por um homem identificado como Manoel Vilken, conhecido também como Anibal, que estava cortando madeira na mata.

Os meninos foram transferidos para Manaus na manhã dessa quinta-feira (17) e encaminhados para o Hospital e Pronto-Socorro da Criança, localizado na Avenida Brasil, bairro Compensa, Zona Oeste da cidade.

Eles que apresentam um quadro grave de desnutrição e escoriações na pele foram foram transportados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea, da Secretaria de Saúde.

O pediatra Eugênio Tavares, responsável pelo acompanhamento das crianças na capital, informou que o estado de saúde dos dois é grave, mas estável. Os irmãos estão recebendo atendimento em uma sala de enfermaria especial.

Relembre

Os dois meninos se perderam no dia 18 de fevereiro na região de mata da Comunidade Indígena Palmeira, em Manicoré (a 390 quilômetros de Manaus), quando saíram para caçar pássaros nas redondezas e não retornaram.

Após 26 dias perdidos dentro da Floresta Amazônica, os irmãos foram encontrados, na região da Comunidade de Capanã, a 6 quilômetros da comunidade onde moravam, por um homem identificado como Manoel Vilken, conhecido também como Anibal, que estava cortando madeira na mata quando avistou os meninos.

Anibal, que foi até a comunidade da família dos irmão, relatou que a primeira pergunta do pai, muito emocionado, foi se os filhos estavam vivos.

As buscas pelos meninos haviam sido encerradas pelas autoridades competentes, mas familiares e moradores da localidade, incluindo Anibal, continuaram a procura pelos desaparecidos.

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