O chefe da agência de controle de doenças da África advertiu nesta quinta-feira (21) que a taxa de mortalidade da Covid-19 no continente aumentou acima da média global, acrescentando que este é um desenvolvimento muito “preocupante”.
A taxa de mortalidade de casos Covid-19 da África subiu para 2,5 por cento, enquanto a média global é de 2,2 por cento, disse o chefe do Centro Africano para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), John Nkengasong, a jornalistas na quinta-feira.
“A taxa de mortalidade de casos está começando a ser muito preocupante e preocupante para todos nós” , disse ele, mas não entrou em detalhes sobre os fatores envolvidos.
Nkengasong disse que agora existem mais de 21 países no continente com uma taxa de letalidade acima de três por cento, incluindo Egito, República Democrática do Congo e Sudão.
No ano passado, alguns especialistas em doenças sugeriram que a África tinha uma taxa de mortalidade mais baixa do que outras partes do mundo devido a uma população mais jovem, enquanto outros alertaram que as taxas de testes mais baixas podem estar mascarando o quadro geral do surto de Covid-19 em todo o continente.
Os dados relatados até o momento sugerem que o continente foi menos afetado pela Covid-19 do que outras partes do mundo. Até quinta-feira, a África registrou 3,3 milhões de infecções por coronavírus e 81 mil mortes, disse o CDC.
Dos 207.000 novos casos registrados no continente na semana passada, 100.000 deles foram registrados apenas na África do Sul, acrescentou Nkengasong.
A África do Sul tem sido de longe o país mais afetado no continente, vindo de Covid – uma das razões é o recente surgimento de uma variante mais transmissível do vírus.
O CDC advertiu repetidamente que os países africanos não estão recebendo o tão necessário acesso às vacinas. Na segunda-feira, o presidente da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reiterou essa reclamação, observando que “o mundo está à beira de um fracasso moral catastrófico” devido ao acesso desigual às inoculações de coronavírus e às “perspectivas de distribuição equitativa das vacinas Covid-19 são graves risco.”
É improvável que muitos países na África recebam as doses da vacina até muito mais tarde, em 2021 ou 2022, com apenas o Egito e as Seychelles começando a lançar a vacina até agora.
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