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Toada ‘Vermelho’: cultura popular que levou o Festival para o mundo  

A sua popularidade ajudou a promover a rica cultura dos bois-bumbás
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Foto: Malu Dácio

Manaus (AM) – “Vermelho”, uma palavra e uma cor. Contudo, tornou-se o sentido descrito em versos por meio de uma Toada, gênero musical que se transformou em um verdadeiro hino para os fãs do Boi Garantido, simbolizando a força e a paixão da nação vermelha. 

Lançada em 1996, “Vermelho” foi composta por Chico da Silva, um dos mais renomados compositores, autor de sucessos como, ‘Sufoco’, ‘O amor está no ar’ e muitos outros, além de compor músicas para a cantora Alcione e fazer parceria com Martinho da Vila. Chico da Silva é vermelho de coração, torcedor do boi Garantido, e devido ao seu amor ao boi do povão, fez inúmeras toadas dedicadas ao Garantido, mas também contribuiu com composições para o boi Caprichoso.

A toada feita ao boi Garantido, rapidamente conquistou o coração dos torcedores e já mostrava desde o início, que seria um sucesso no Brasil.

Fafá de Belém, considerada uma das principais cantoras da Música Popular Brasileira (MPB), gravou a música juntamente com o cantor David Assayag, um dos destaques do Festival Folclórico de Parintins, como levantador de toadas, e fez história levando a canção para os palcos nacionais e internacionais.

A letra, que exalta o orgulho de ser Garantido e a cor vermelha, também celebra a identidade e a cultura, evocando sentimentos de união e força. “Vermelho” chegou às rádios e programas de televisão de todo o País, além de levar os cantores para apresentações fora do Brasil. David Assayag por exemplo, já se apresentou na Alemanha, França, Portugal e Itália.

Foto: Fafá de Belém e David Assayag no programa da Xuxa

 Trecho da letra: 

 “Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão… 

É a cor do meu amor, do meu coração…”  

Cultura Brasileira 

“Vermelho” transcendeu as fronteiras de Parintins e se tornou conhecida. Tocada em diversos eventos culturais e festivos, e sua popularidade ajudou a promover a rica cultura dos bois-bumbás do Amazonas. Além disso, a música é um símbolo de resistência e tradições do povo amazônico.  

Das arquibancadas do Bumbódromo, em Parintins, ‘Vermelho’ também conquistou os acentos dos estádios de futebol. A toada encontrou ressonância em diversas torcidas organizadas de clubes pelo Brasil e virou uma adaptação destacando a capacidade da música de unir e inspirar, um exemplo de como a composição pode transcender suas origens e encontrar novos significados em diferentes contextos.

Foto: Torcida Esquadrão Vilanovense, do Vila Nova FC

A música Erudita também faz parte de um novo contexto e mostra aonde a música chegou. A toada alcançou e tomou espaços nos lugares formais, proporcionando a fusão de cultura popular e música clássica. Essa junção não só enriquece a composição original, mas também oferece uma nova perspectiva sobre a riqueza cultural brasileira. 

Foto: Jazz Sinfônica/Orquestra Sinfônica Heliópolis

Outros cantores conhecidos nacionalmente como Joelma, Uendel Pinheiro, Alexandre Pires, Daniela Mercury, entre tantos, ecoaram a canção em suas vozes e aproximaram o seu público a cultura do Amazonas. Todos esses exemplos citados estão registrados em vídeos publicados e compartilhados pelos artistas na internet. 

Foto: Daniela Mercury em show no Rio de Janeiro

Em entrevista a um emissora de um jornal local, o cantor David Assayag descreveu a interpretação da canção como uma projeção que viabilizou a cultura dos bois para além do Norte. “Foi uma música que me projetou nacionalmente, se imortalizou e levou o nome da nossa festa para o mundo. É uma letra e uma música muito bem feita, com um refrão muito forte, o que atrai a Galera. Independente de ser do Garantido, ela projetou a cultura dos dois bois. E eu sempre a interpretei interpreto pensando em mostrar na nossa festa ”, declarou David Assayag. 

Durante o Festival de Parintins, a toada “Vermelho” é sempre aguardada com grande expectativa. As apresentações do Boi Garantido, embaladas por essa música, são momentos de pura emoção e energia. Os dançarinos, coreografias e alegorias, todos em sintonia com a melodia de “Vermelho”, criam um espetáculo inesquecível para o público presente. 

Foto: Elcio Farias

Ao longo dos anos, “Vermelho” ganhou diversos prêmios e reconhecimentos, consolidando-se como uma das toadas mais emblemáticas do Boi Garantido. Sua importância para o festival e para a cultura parintinense é inegável, e a música continua a inspirar novas gerações de torcedores e artistas.  

A toada “Vermelho” é muito mais que uma simples música; é um símbolo da paixão e da identidade do Boi Garantido e de seus seguidores. Com sua melodia cativante e letra poderosa, “Vermelho” continua a emocionar e unir a nação vermelha, reafirmando a importância da cultura popular e das tradições amazônicas. Em cada apresentação, a toada renova o espírito e a energia do Festival de Parintins, mantendo viva o amor pela cultura local. 

Por essa e por outras canções que marcam e eternizam a cultura nortista e representam o Amazonas, que o gênero musical Toada, que dá ritmo à cultura dos bois-bumbás em todo o estado, virou Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial após aprovação do projeto de lei 221/2016, de iniciativa da deputada estadual Alessandra Campêlo. 

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