Manaus (AM) – O personal trainer Hatus Oliveira conversou com a imprensa na manhã desta terça-feira (4) após prestar depoimento e confirmou a existência da seita “Mãe, Pai, Vida”, liderada por Djidja Cardoso, juntamente com a mãe Cleusimar e o irmão Ademar.
Durante a entrevista, Hatus contou que, em uma de suas visitas à casa da família para orientá-los em atividades físicas, foi convidado a se juntar ao grupo. Ele assistiu a um vídeo com as diretrizes da seita, que utilizava o livro “Cartas de Cristo” como guia. Hatus mencionou que, na ocasião, havia aproximadamente sete pessoas no local, todas sob o efeito de Ketamina, e que ele foi convidado a participar da seita com eles.
“Tinha sete pessoas que estavam na sala e uma TV de 50 polegadas que estava em cima, escrito ‘Carta de Cristo’. Quando eu passei por lá, Cleusimar se aproximou e falou: Hatus tu tem que sair da matriz, tem que usar isso. Ela tentou de todas as formas e eu disse: Não, eu conheço isso, isso é droga, eu não vou usar (…) Pediram para eu sentar pra assistir o vídeo, eu sentei, mas eu disse para não aplicarem nada em mim”.
Hatus também mencionou que conhecia Audrey, ex-companheira de Ademar, e Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja, que estava presente quando a ex-sinhazinha faleceu.
Ele explicou que foi Bruno quem o colocou em contato com Ademar para cuidar da saúde física da família. “A Audrey era uma menina forte, bonita, quando eu a conheci na academia. Quando eu me deparei com ela na cama, de fralda, com uns 30 ou 40 Kg, eu olhei para ela e disse: Cara, o que é isso?”.
Até aquele momento, ele não tinha conhecido Djidja. Após retornar para treinar a família em outra ocasião, decidiu abandonar o trabalho ao perceber que os clientes estavam em uma condição deplorável devido ao uso de drogas.
“Quando eu vi aquela situação, eles não conseguiam treinar naquele pátio, não conseguiam fazer um agachamento, eu disse: Eu tenho que me afastar disso aqui. Está todo mundo protegendo essa droga, está todo mundo drogado, e ainda estão se prejudicando, simplesmente eu vou embora daqui”.
Essa decisão foi reforçada quando Djidja lhe aplicou Ketamina sem seu consentimento, um incidente que ocorreu em janeiro deste ano.
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