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Três responsáveis por ataques criminosos presos no RJ desembarcam em Manaus

A operação aconteceu simultaneamente nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo e também no Pará
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Imagens: Diego Borges

Três traficantes responsáveis pelos ataques criminosos ocorridos nos dias 5 e 6 de junho em Manaus foram presos no Estados do Rio de Janeiro e desembarcaram na tarde deste domingo (20), no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste de Manaus.

Foram 15 presos, sendo que oito foram capturados no Rio de Janeiro, cinco no Amazonas e dois em São Paulo, locais onde também aconteceram as ações policiais. Na Vila Cruzeiro, os agentes apreenderam uma tonelada de maconha, dinheiro, fuzil, munições, granadas e rádios transmissores, além de bloquearem R$ 129 milhões em bens dos criminosos e de suas famílias.

Marcelo da Silva Nunes ‘Jogador’ ou ‘Marcelão’, é o líder da facção Comando Vermelho que coordena os ‘soldados do tráfico’ no Amazonas. Além deles Pedro da Silva de Carvalho vulgo ‘Pedrinho’ – quem cuida da parte financeira da facção; enquanto Sérgio Pereira Miranda ‘Jurandir’ – é o ‘general’ responsável pelo comando no interior do Amazonas. Juntos, o trio está diretamente envolvidos nos ataques que culminaram em incêndios e depredações de ônibus, agências bancárias e prédios públicos em Manaus e no interior do Estado.

A força-tarefa se deu em conjunto com as Polícias Civil do Amazonas, por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), e o Departamento Geral de Combate à Corrupção, Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Embora a ação tenha tido início a pelo menos 20 dias, após os ataques os trabalhos das Polícias se intensificaram pela prisão dos envolvidos que serão transferidos para presídios federais, após os trâmites legais.

A operação é parte da “Coalizão Pelo Bem”, e desde sexta-feira (18), está trabalhando para o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão em nome dos líderes da organização criminosa. Eles atuam no tráfico de drogas na cidade do Rio de Janeiro e no Amazonas.

A operação aconteceu simultaneamente nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo e também no Pará.

No Amazonas, a operação foi coordenada pelos delegados Bruno Fraga e Gabriel Poiava, respectivamente, titular do DRCO e do DGCOR-LD. Até o momento, foram cumpridos cinco mandados de prisão em Manaus. Também foi apreendido um patrimônio avaliado em meio milhão de reais, com a apreensão de quatro veículos de luxo, além de dinheiro em espécie.

No Rio de Janeiro, a ação foi coordenada pela delegada-geral da PC-AM, Emília Ferraz, com o apoio do DRCO e Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera). Foram presos três criminosos que são “cabeças” da facção criminosa.

“Marcelão”, é cunhado do traficante Gelson Carnaúba, ele é o principal líder da facção CV em Manaus

O Marcelo da Silva Nunes, conhecido como “Marcelão”, é cunhado do traficante Gelson Carnaúba

‘Jurandir’ – é o ‘general’ responsável pelos ‘soldados’ no interior do Amazonas

Prisões

O secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel Louismar Bonates, disse ontem que já foram presas 82 pessoas e dois adolescentes apreendidos desde o início das ações policiais em torno dos ataques criminosos, sendo 45 em Manaus e 34 no interior do estado, e mais três no Rio de Janeiro.

Pedro da Silva de Carvalho, “Pedrinho” , é responsável pela gerência financeira da organização criminosa

Estrutura

Dos mandados judiciais solicitados pela Polícia do Amazonas, foram presas cinco pessoas em Manaus. Elas foram identificadas como André Luiz Peres de Araújo, Antônio Henrique Santos da Silva, Francisco de Assis Rodrigues Monteiro Júnior, Lilian Ramos da Silva e Raimundo Lima da Silva. Além dos três presos no Rio de Janeiro e trazidos hoje para Manaus.

No Amazonas, os mandados foram cumpridos com apoio do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) e da Força Nacional de Segurança. O objetivo é desarticular uma estrutura criminosa desenvolvida para a lavagem de capitais oriundos do tráfico de drogas praticado pela maior facção criminosa do Rio de Janeiro. Ao todo, no Amazonas atuaram 60 policiais, sendo 40 da PC-AM, 16 da PC-RJ e quatro da Força Nacional de Segurança.

As investigações identificaram uma forte ligação entre o grupo criminoso do RJ e seu braço no Amazonas, evidenciando que os membros dos grupos criminosos se valiam do sistema bancário e de empresas de fachada para a remessa de valores do Rio de Janeiro para o Amazonas. Em aproximadamente um ano e meio, o montante de transferências chegou a mais de R$ 126 milhões.

Tais recursos seriam utilizados para o fortalecimento da facção no Amazonas, bem como para a aquisição de armas e drogas para o grupo criminoso do Rio de Janeiro, haja vista a organização criminosa amazonense controlar territorialmente uma das principais rotas de tráfico da América Latina: a Tríplice Fronteira Amazônica, formada pelas cidades de Tabatinga, no Brasil; Santa Rosa, no Peru, e Leticia, na Colômbia.

Durante a investigação, constatou-se que a estrutura de lavagem de dinheiro também prestava serviço para o Primeiro Comando da Capital (PCC), a partir de recursos oriundos do Estado de São Paulo.

As investigações identificaram ainda a presença de importantes lideranças do Comando Vermelho do Amazonas, responsável pela ordem para os ataques na cidade de Manaus nos últimos dias.

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