Brasil – Um pastor identificado como Sinval Ferreira, de 41 anos, foi preso nesta quarta-feira (22), no Distrito Federal, durante a Operação Jeremias 23 (passagem bíblica que faz alusão aos falsos profetas), por promover o que chamou de “Unção da Sacanagem” durante suas pregações. Este ato inusitado e provocativo gerou uma onda de indignação e debate entre fiéis e líderes religiosos.
Em um culto transmitido ao vivo, o pastor utilizou uma linguagem e gestos considerados impróprios e irreverentes para um ambiente religioso. O evento foi amplamente compartilhado nas redes sociais, causando perplexidade e revolta entre os espectadores.
O mesmo simulava ter “revelações” sobre um suposto futuro sombrio envolvendo a morte de parentes das vítimas. Para “livrar” as pessoas do destino trágico, os homens deveriam receber sexo oral e transar com o pastor.
CASOS
Usando do seu prestígio, ele abordou um fiel da sua igreja e o avisou que teve uma visão em que a esposa dele iria morrer.
Segundo as investigações, para satisfazer o desejo sexual, o pastor garantiu à vítima que “Deus” teria dado ordem para que ele salvasse a esposa do obreiro da morte. A “revelação” consistia na realização de “sete unções” que teriam o poder de “quebrar a “maldição” e salvar a vida da mulher.
Para funcionar, as unções teriam que ser realizadas nas partes íntimas do fiel. Com receio das ameaças do religioso, o homem acabou cedendo às investidas e manteve relações sexuais com o pastor.
Além de vantagens sexuais, o autor também tirava vantagem financeira dos membros do templo religioso. Para conseguir dinheiro, ele agia da mesma forma, ou seja, ameaçava os fiéis de que um ente querido morreria ou ficaria paralítico e, então, os obrigava a fazer generosas doações para a igreja.
INVESTIGAÇÃO
O delegado responsável pelo caso, Roberto Silva, afirmou em coletiva de imprensa: “A prisão do Pastor Sinval Ferreira foi realizada após uma análise cuidadosa dos vídeos e testemunhos. O comportamento exibido pelo pastor durante a cerimônia pode ser caracterizado como atentado ao pudor e incitação à desordem pública. Continuaremos a investigar para determinar todas as possíveis infrações cometidas.”
Em seu depoimento, o Pastor Sinval Ferreira defendeu suas ações, alegando que a “Unção da Sacanagem” tinha como objetivo provocar uma reflexão profunda sobre a hipocrisia e os pecados ocultos dentro da comunidade religiosa. Ele reiterou que sua intenção não era desrespeitar a fé, mas sim instigar uma mudança genuína de comportamento entre os fiéis.
O Pastor Sinval Ferreira permanece sob custódia enquanto as investigações continuam. Ele deve enfrentar acusações formais nas próximas semanas.
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