Manaus | Um policial militar lotado na Secretaria Executiva Adjunta de Operações (Seaop), braço Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), confessou ter sido o autor dos disparos que matou o também PM Thiago Jorge de Deus Melo, de 36 anos, na madrugada desta quarta-feira (296).
Ele compareceu espontanemente à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na tarde desta quarta-feira (29).
Segundo a SSP, o suspeito foi afastado das funções que exercia como agente da Seaop, desde 2019. A Corregedoria-Geral deverá abrir um processo administrativo para apuração dos fatos.
Ainda não há informações se ele será preso ou não. Em nota, a Polícia Civil se limitou a dizer que o suspeito está sendo ouvido em interrogatório policial, e que “mais informações não podem ser repassadas no momento para não atrapalhar os trabalhos policiais”.
Confira o momento em que o suspeito deixa da DEHS
Entenda o caso
Thiago Jorge de Deus Melo, de 36 anos, foi morto durante uma confusão entre vizinhos, por volta das 1h40 desta quarta-feira (29), no bairro Petrópolis, Zona Sul de Manaus
De acordo com o boletim de ocorrência, o militar chegou em casa, mas percebeu que tinha perdido as chaves. Ele estava na companhia de outro policial e tentou ligar para uma conhecida da esposa do sargento, mas não consegiu falar com ela.
Em seguida, o sargento resolveu pular o muro, mas no momento da descida, acabou escorregando e tocou no capô do carro de uma das moradoras que reside em um dos apartamentos onde o sargento morava com a esposa.
A dona do veículo começou adiscutir com o sargento e deu um soco no rosto da policial. O policial teria feito disparos com sua arma para intimidar a mulher e encerrar a confusão. Todos já estavam dentro de seus apartamentos quando a dona do carro ligou para o irmão dela que foi até o local tirar satisfações com Thiago.
Segundo a testemunha, nesse momento havia muita gente na rua devido o barulho. Na confusão, dois homens em uma moto chegaram e efeturam vários disparos acertando o Thiago, que caiu no chão. Ele ainda foi socorrido, mas não resistiu e morreu no local.
Peritos da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) contabilizaram 10 cápsulas de arma calibre 380.
Thiago era parintinense e atuou em cidades do Baixo Amazonas, pelo Batalhão de Parintins e atualmente estava lotado na 3ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), responsável pelo policiamento ostensivo nos bairros de Petrópolis, Raiz e Japiim I e II, inclusive o Cj. Nova República e Condomínio Eliza Miranda. O sargento tinha mais de 16 anos de atuação na Polícia Militar.
