Brasil – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, convocou nesta terça-feira (28) a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ). Durante sessão, o presidente do colegiado, Rui Falcão (PT-SP), chamou seu colega Nikolas Ferreira (PL-MG) de “chupetinha”.
“Posso continuar?”, indagou Nikolas após ser interrompido.
“Vai, chupetinha”, respondeu Rui Falcão.
“Aí eu não compreendi, senhor presidente”, disse então o bolsonarista.
A piada faz alusão a um suposto vídeo íntimo de Nikolas que vazou no ano passado em que o bolsonarista teria aparecido fazendo sexo oral em outro homem. O parlamentar diz que se trata de uma montagem.
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Durante a audiência, Dino foi interrompido por inúmeras brigas entre parlamentares bolsonaristas e membros da base do governo, com direito a palavrões, ironias e gritos dos dois lados.
Cassação de Nikolas Ferreira após fala transfóbica: Após fala transfóbica, deputados pedem cassação de Nikolas Ferreira
O discurso transfóbico proferido nesta quarta-feira (08), pelo então deputado Nikola Ferreira (PL), resultou em um pedido de cassação de um grupo de deputados liderados pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP). A fala transfóbica será alvo do conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
O Deputado bolsonarista usando uma peruca ironizando dizendo que se sente uma mulher. “Me sinto mulher, deputada Nicole, e tenho algo muito interessante para poder falar. As mulheres estão perdendo o seu espaço para homens que se sentem mulheres”, disse.
Nicolas Ferreira terminou sua fala dizendo que as “mulheres não devem nada ao feminismo”. “O feminismo exalta mulheres que nada fizeram”, afirmou. O bolsonarista já responde judicialmente por transfobia a deputada Duda Salabert (PDT-MG), que é uma mulher trans.
Após a fala do deputado mais votado de Minas Gerais, a deputada Tabata Amaral chamou a atenção de Nikolas o chamando de “moleque”.
“A transfobia ultrapassa a liberdade de discurso garantida pela imunidade parlamentar. Afinal, transfobia é crime”, disse Tabata. E pediu respeito do parlamentar. “Estamos falando de um homem que no Dia Internacional das Mulheres tirou nosso tempo de fala para fazer uma fala preconceituosa, criminosa, absurda e nojenta. A transfobia ultrapassa a liberdade de discussão que é garantida pela imunidade parlamentar”, afirmou a parlamentar.
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