No cenário político brasileiro, não se comenta outra coisa que não seja PEC 135/19, que trata sobre o voto impresso auditável. Na noite desta terça-feira (9), a Câmara dos Deputados rejeitou e arquivou a proposta de mudança eleitoral.
Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos. No entanto, o texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) teve o apoio de apenas 229 deputados. Outros 218 deputados votaram contra a PEC, e um parlamentar se absteve. Ao todo, 448 votos foram computados.
Como o assunto impacta todo o território nacional, era questão de tempo que os políticos amazonenses se manifestassem sobre o assunto.
Câmara Municipal de Manaus
A equipe de reportagem foi até à Câmara Municipal de Manaus (CMM) para coletar alguns depoimentos dos vereadores referentes ao assunto.
O vereador Sassá da Construção Civil (PT) criticou fortemente os deputados federais que votaram a favor do voto impresso auditável e ainda afirmou que se for pra não confiar no voto eletrônico, é melhor renunciar o mandato.
“Todos os parlamentares que estão aqui na Câmara e que são a favor do voto impresso, foram eleitos através das urnas eletrônicas. São pessoas fanáticas, são pessoas que estão em partidos ligados ao Governo Federal. Poderíamos estar preocupados com o desemprego no país e com a vacinação, mas esse pessoal prefere ficar debatendo sobre o voto impresso. Se eles acham que as urnas eletrônicas são fraudulentas porque eles não renunciam o mandato?”, disparou o vereador petista.
Em contrapartida, o vereador Diego Afonso (PSL) afirmou que mesmo sendo a favor da PEC do voto impresso auditável ele espera que o governo federal priorize outras áreas.
“A maioria votou não ao voto impresso auditável, então acredito que precisamos priorizar outras áreas. Precisamos reaquecer a economia, que foi tão afetada pela pandemia”, comentou.
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