Manaus (AM) – Oitocentas pílulas de citrato de sildenafila 25 e 50 mg, conhecido como viagra – o nome comercial usado pela farmacêutica Pfizer – estão sendo adquiridos pelo Comando da Marinha, por intermédio do Centro de Intendência da Marinha em Manaus.
A empresa vencedora do edital de licitação na modalidade pregão Nº 048/2021, na forma eletrônica, é a Distribuidora de Medicamentos Intramed LTDA, a qual fornecerá estas e outros medicamentos no período de 12 meses à Força Militar.
Cada comprimido custará R$ 2,20. A aquisição soma um total de R$ 1.760, conforme consulta a um site do Governo Federal. Geralmente, as pílulas de viagra tem a função de tratar a disfunção erétil, no entanto, a Marinha do Brasil afirmou que “a aquisição de sildenafila de 25 e 50mg visam o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP)”.
A hipertensão pulmonar é uma doença rara e progressiva, caracterizada pela elevação da pressão arterial pulmonar média acima de 20 mmHg. Pode ocorrer associada a uma variedade de condições clínicas subjacentes ou a uma doença que afete exclusivamente a circulação pulmonar. Segundo a justificativa descrita no edital, a finalidade das aquisições “é de prover o atendimento farmacêutico aos militares e seus dependentes na área de jurisdição do Comando do 9º Distrito Naval”.
O edital para a aquisição do medicamento por menor preço foi publicado no dia 24 de fevereiro e o pregão foi marcado para acontecer, virtualmente, no último dia 17. A contratação ocorreu no dia 23 de março, segundo documento.
Polêmica
A compra veio a público na semana em que a Forças Armadas fez a compra do total de 35 mil comprimidos entre 2020 e este ano – sendo 28.320 para a Marinha, 5 mil para o Exército e 2 mil para a Aeronáutica. O caso ganhou repercussão nacional, na segunda-feira (11), depois que o deputado federal Elias Vaz (PSB) pediu explicações ao Ministério da Defesa sobre a aquisição dos comprimidos, usados em casos de disfunção erétil.
Texto: Karol Rocha
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