Brasil – Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de matar seu namorado, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, com um brigadeirão envenenado, sorriu durante seu depoimento à polícia, causando espanto entre as autoridades. O crime ocorreu na zona norte do Rio de Janeiro, e Júlia está atualmente foragida.
Trechos do depoimento de Júlia foram divulgados pelo programa Fantástico, da TV Globo, no domingo (2). Durante o depoimento, ela mencionou um episódio com o namorado: “Ele me comprou um buquê. Aí eu falei assim: ‘Tu não tem que me comprar nada que eu não sou sua mãe'”. Júlia também relatou que, nos últimos dias de vida, Luiz estava diferente e estressado. “Eu percebi que ele estava muito cansado, muito estressado. E quando ele voltava no almoço, ele apagava”, contou.
Inicialmente, a polícia tratava a morte de Luiz como suspeita, não como homicídio. No entanto, Júlia tornou-se a principal suspeita durante seu depoimento. Ela revelou que mantinha um relacionamento esporádico com Luiz desde 2013 e que, em 19 de abril deste ano, eles começaram a morar juntos. Poucos dias depois, em 24 de abril, Luiz alterou seu status de relacionamento para “casado” em uma rede social.
Uma testemunha ouvida pelo Fantástico afirmou que Júlia pressionava Luiz por uma união estável, mas ele tinha receio devido aos seus bens. “Ele falava muito que vivia muito em briga com ela, ele sempre falava comigo, que eles brigavam muito e tudo mais. Ele era um cara que tinha medo de casar, que ele falava pra mim, por causa dos bens dele, com medo de separar”, contou a testemunha.
Júlia afirmou que saiu do apartamento no dia 20 de maio após Luiz ter preparado o café da manhã para ela. No entanto, o corpo de Luiz foi encontrado em avançado estado de decomposição após vizinhos sentirem um forte cheiro vindo do apartamento e acionarem a polícia. A última vez que Luiz foi visto com vida foi no dia 17 de abril, no elevador do condomínio.
O delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), expressou choque com a frieza de Júlia durante o depoimento. Imagens gravadas pela Polícia Civil e reveladas pelo Fantástico mostram Júlia sorrindo várias vezes ao longo da entrevista. “É um caso aberrante. Porque evidencia extrema frieza. Impressionante”, declarou o delegado.
O comportamento de Júlia e os detalhes emergentes da investigação continuam a chocar a opinião pública, enquanto a polícia trabalha para localizá-la e aprofundar as investigações sobre o caso.
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